NOTÍCIAS
Comissão da CEDEAO lança Certificado de Origem Eletrónico (e-CoO)
A Comissão da CEDEAO lançou recentemente o certificado de origem eletrónico (e-CoO), que visa agilizar os procedimentos, aumentar a confiança na autenticidade dos certificados e agilizar o desalfandegamento, promovendo, em última análise, o crescimento económico e a integração regional. Lançado com o apoio de parceiros como o Programa FCAO, o e-CoO é uma conquista significativa para a região e um passo definitivo para simplificar e melhorar o comércio na África Ocidental.
O e-CoO, que constitui a base do Esquema de Liberalização Comercial da CEDEAO (ETLS), será implementado em quatro países piloto: Costa do Marfim, Senegal, Nigéria e Gana. Felix Kwakye, representante da Comissão da CEDEAO, enfatizou a importância do e-CoO: “O certificado de origem eletrónico permitirá aos Estados-membros da CEDEAO facilitar o comércio. Isto ajudará os países membros a aumentar a sua produção local e facilitará o desalfandegamento. Estamos a facilitar a vida das empresas.” A Tenente-Coronel Tia Roland,
em representação da Alfândega da Costa do Marfim, explicou que o e-CoO ajudará a simplificar os fluxos comerciais entre os estados membros da CEDEAO, ao mesmo tempo que detecta e previne a fraude.
O Programa FCAO felicita a Comissão da CEDEAO por ter atingido este marco e continua empenhado em apoiar as reformas de facilitação do comércio em toda a região.
Formação em Comunicação para o CRFC da CEDEAO
Em maio, o Programa de Facilitação do Comércio da África Ocidental (FCAO) organizou um workshop de formação em comunicação durante a reunião do Comité Regional de Facilitação do Comércio (CRFC) da CEDEAO em Cotonou, no Benim. O objetivo do workshop foi fortalecer o conhecimento e as capacidades dos membros do CRFC em conceitos, princípios, táticas e melhores práticas de comunicação, ferramentas essenciais para que os Comités Nacionais de Facilitação do Comércio (CNFCs) desenvolvam e implementem estratégias de comunicação abrangentes.
A formação faz parte dos esforços do Programa FCAO para a capacitação regional, visando
melhorar a eficiência e a sustentabilidade dos CNFCs, além de promover a harmonização das
práticas entre os CNFCs nos Estados Membros da CEDEAO. Durante a sessão, os participantes foram apresentados ao Modelo de Maturidade da FCAO, uma abordagem que permite aos CNFCs auto-avaliarem as necessidades institucionais e de capacidade e identificarem formas de melhorar a eficácia e o desempenho. A formação introduziu também o Quadro de Comunicações Regionais da CEDEAO para os CNFCs. O quadro ajuda os membros dos CNFCs a comunicar eficazmente as suas atividades e iniciativas, utilizando técnicas inovadoras de sensibilização e envolvimento que apoiam as medidas de facilitação do comércio. Outros módulos abordados durante a sessão incluíram:
● Comunicação 101: Aspetos Básicos e Planeamento
● Conceção de uma campanha de sensibilização para a construção de lideranças e a promoção da mudança
● Criação de um quadro de estratégia de comunicação eficaz
● Domínio das principais competências de comunicação
● Avaliação do desempenho da comunicação através de indicadores-chave de desempenho e ferramentas de monitorização
O workshop foi encerrado com um feedback positivo dos participantes, que apreciaram muito a troca de conhecimentos e experiências e estão ansiosos para aplicar o que aprenderam nos seus países de origem.
O Programa FCAO lança o processo de mentoria em grupo
Em março, o Programa FCAO, em colaboração com o Centro Africano para o Comércio, a Integração e o Desenvolvimento (ENDA CACID), lançou com êxito um processo de mentoria em grupo online no Benim e no Togo. Com a ajuda do GARED no Togo e do
PASCiB no Benim, esta formação baseou-se nos workshops de consolidação de competências de advocacia que o programa levou a cabo para as OSCs no início deste ano.
O processo de mentoria em grupo tinha como objetivo orientar as OSCs participantes no desenvolvimento e implementação de estratégias de advocacia utilizando técnicas aprendidas durante os workshops anteriores de consolidação da advocacia. A sessão foi
facilitada por mentores experientes, que trabalharam em estreita colaboração com os participantes para explorar o planeamento da defesa de interesses de forma mais detalhada e ensiná-los a conceber estratégias eficazes e com impacto para a facilitação do comércio. As OSCs foram divididas em grupos (quatro grupos no Togo e três grupos no Benim) e subdivididas para trabalharem em temas relevantes para cada país:
Temas para o Togo
● Aumentar a participação dos Comités para a Facilitação do Comércio e dos Transportes (TTFCs) na redução do assédio durante as deslocações rodoviárias às mulheres comerciantes informais nas fronteiras.
● Melhorar o acesso das mulheres comerciantes a documentos de viagem para facilitar a passagem das fronteiras com mercadorias.
● Reduzir o assédio pelas autoridades, nomeadamente a extorsão nas fronteiras.
● Redução do número de postos de controlo no corredor Lomé-Ouagadougou, no Togo.
Temas para o Benin
● Reduzir os custos logísticos nas fronteiras para as mulheres que comercializam produtos agrícolas.
● Garantir a segurança das mulheres e dos seus bens perecíveis, através da redução das barreiras administrativas nas fronteiras.
● Reduzir os custos necessários para a obtenção de um documento de identidade para as mulheres comerciantes informais, para melhorar a facilidade para atravessar as fronteiras.
No Togo, os mentores apoiaram os mentorados durante toda a fase de planeamento, que envolveu a investigação, análise de dados, definição de objetivos realistas, seleção de públicos-alvo, planeamento de atividades e recursos necessários, e elaboração de mensagens de sensibilização. Com o apoio contínuo dos seus mentores, os quatro
grupos do Togo estão a trabalhar para completar um plano de ação e mensagens de sensibilização.
Entretanto, os mentores proporcionaram três sessões a cada grupo de advocacia no Benim. Durante as sessões, os mentores facilitaram a coordenação entre as sessões, dando aconselhamento técnico sobre a determinação de questões e objetivos de defesa viáveis e adaptaram as ferramentas de recolha de dados para fornecer evidências sólidas em apoio à defesa da mudança. Os três grupos estão atualmente a trabalhar na segunda metade dos seus
planos de ação de sensibilização e a elaborar mensagens de sensibilização.
Como atividade final de aprendizagem no âmbito do processo de desenvolvimento das capacidades de defesa das OSCs, estas lançarão os seus planos de defesa e participarão num diálogo com vários intervenientes.
O Programa FCAO acolhe sessões de consolidação e prática de competências de advocacia das Organizações da Sociedade Civil (OSCs)
No final de janeiro, o Programa FCAO organizou sessões de formação para as OSCs em Lomé, reunindo 24 representantes de OSCs, metade dos quais mulheres. Em Cotonou, a equipa realizou um workshop no início de fevereiro em que participaram 18 representantes de OSCs. Em ambos os países, altos funcionários do governo e da Comissão da CEDEAO também participaram nos workshops.
Estas sessões fazem parte da segunda fase da iniciativa “Reforçar a Voz dos Cidadãos no Diálogo sobre Políticas de Facilitação do Comércio”. Os workshops foram implementados em colaboração com o Centro Africano para o Comércio, Integração e Desenvolvimento (ENDA CACID) e outros parceiros locais, incluindo o Grupo de Apoio às Iniciativas Económicas no Togo (GARED) (Togo) e o Projeto de Apoio ao Sector da Cadeia de Valor da Biomassa (PASCiB) (Benim).
A formação teve como objetivo apoiar as OSCs para:
● Consolidar e aplicar as capacidades e conhecimentos adquiridos na primeira fase, incluindo a utilização de ações eficazes de sensibilização para desenvolver estratégias para a facilitação do comércio.
● Reforçar as capacidades de comunicação, influência e persuasão, e praticar a redação de mensagens de sensibilização para a facilitação do comércio.
No Togo, o Sr. Batchassi Katchali, Diretor do Comércio Externo e Presidente do Comité Técnico de Facilitação do Comércio, e o Sr. Banjai Barros, Representante Residente da CEDEAO, destacaram a importância das ações das OSCs no avanço da facilitação do comércio. Também realçaram a relevância do Programa FCAO tanto ao nível nacional como regional.
No Benim, participaram na formação o Sr. Eustache Pomalegni, Representante do Ministro da Indústria e Comércio e ponto focal do Comité Nacional para a Facilitação do Comércio (NTFC), o Sr. Amadou Diongue, Representante Residente da CEDEAO no Benim, e o Sr. Emmanuel Akakpo, Especialista Económico da Embaixada do Reino dos Países Baixos. Durante a abertura, foi recordado aos intervenientes o quadro institucional para a implementação do Programa FCAO. O programa também destacou a atual crise da CEDEAO que ameaça a livre circulação de pessoas e bens e a relevância dos esforços de sensibilização das OSCs em relação a esta crise.
Ao longo dos workshops, os participantes demonstraram o conhecimento e as técnicas aprendidas e, ainda mais importante, mostraram entusiasmo em aplicar essas lições nos seus locais de trabalho. Como próximos passos, serão organizadas várias sessões de mentoria em grupo para apoiar as OSCs participantes no desenvolvimento e implementação das estratégias de sensibilização.
Programa de Capacitação dos CNFCs da CEDEAO implementado em toda a região
O Programa de Capacitação Online da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para os Comités Nacionais de Facilitação do Comércio (CNFCs) foi implementado com sucesso em todos os 15 Estados Membros da CEDEAO, com o apoio do Programa de Facilitação do Comércio da África Ocidental (FCAO). Aproveitando a experiência global da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (CNUCED), o pacote de formação eletrónica de última geração sobre normas de facilitação do comércio internacional é personalizado para a região da África Ocidental. Os cursos estão disponíveis online e estão acessíveis a todos os membros dos CNFCs, bem como aos principais intervenientes no Acordo de Facilitação do Comércio da OMC.
Esta formação eletrónica é um componente importante da estrutura de formação dos CNFCs da CEDEAO, que identifica um quadro coerente e duradouro para a construção de capacidades dos CNFCs da África Ocidental, harmonizando ativamente as suas competências com base nas suas necessidades específicas. Os cursos online da CEDEAO abrangem:
A facilitação do comércio, os índices relevantes e a sua relação com a agenda do desenvolvimento;
O papel dos CNFCs;
Disposições da TFA da OMC;
Barreiras técnicas e medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS);
Normas e recomendações da UN/CEFACT; e
A perspetiva de género nas reformas de facilitação do comércio.
Durante os últimos meses, o Programa de Capacitação Online da CEDEAO contribuiu para o reforço da comunidade de práticas dos CNFCs da CEDEAO. Destaca igualmente o papel fundamental dos secretariados dos CNFCs para garantir a qualidade da implementação de iniciativas complexas com os parceiros e mobilizar - a longo prazo - os intervenientes nacionais em torno da agenda da facilitação do comércio.
O programa foi oficialmente lançado a 2 de novembro de 2022 durante a 2a reunião do Comité Regional de Facilitação do Comércio (RTFC) da CEDEAO, e a sua primeira fase foi concluída com êxito em novembro de 2023.
A primeira fase apoiou cada um dos CNFCs no desenvolvimento dos seus conhecimentos e competências através de um extenso percurso pedagógico, utilizando materiais de formação cativantes e sessões interativas centradas nas especificidades e desafios nacionais. Um total de 752 pessoas registadas participou na primeira fase e mais de 400 alunos ativos acederam aos cursos, vídeos e materiais de consulta e participaram em webinars com especialistas internacionais. No final da primeira fase, 253 campeões certificados em facilitação do comércio tinham concluído com êxito as avaliações individuais e os exercícios de redação.
Como passos seguintes, serão organizados webinars regionais (para complementar os lançamentos nacionais) no primeiro trimestre de 2024. Serão aprofundadas outras áreas-chave, incluindo: o desenvolvimento de debates dos CNFCs sobre a implementação da facilitação do comércio no contexto da África Ocidental, as prioridades regionais específicas relacionadas com o Acordo de Facilitação do Comércio e instrumentos de facilitação do comércio regional que apoiam a integração.
Os secretariados dos CNFCs supervisionam o registo dos membros recém-nomeados dos CNFCs que desejam beneficiar da formação, e o Programa de Capacitação em Linha da CEDEAO para os CNFCs continua a estar disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, para todos os CNFCs.
A CEDEAO acolhe a 4a reunião do Comité Regional de Facilitação do Comércio
A quarta reunião do Comité Regional de Facilitação do Comércio (RTFC) da CEDEAO realizou-se de 20 a 22 de novembro na Comissão da CEDEAO em Abuja. A reunião teve uma grande participação por intervenientes de alto nível, incluindo: representantes dos ministérios responsáveis pelo comércio, das administrações aduaneiras, dos transportes e das câmaras de comércio nacionais de 11 Estados membros da CEDEAO, assim como representantes da Federação da Organização dos Empregadores da África Ocidental (FOPAO), da Federação das Mulheres de Negócios e Empresários (FEBWE), da Federação das Câmaras de Comércio e Indústria da África Ocidental (FEWACCI), da ENDA CACID, da Comissão da CEDEAO e de outros parceiros de desenvolvimento: A Agência Alemã de Desenvolvimento (GIZ), o Grupo Banco Mundial (GBM), a CNUCED e o Centro de Comércio Internacional (CCI).
Criado em 2021, o RTFC funciona como uma plataforma para assegurar a cooperação e a coordenação entre os Estados- Membros para a implementação harmonizada de iniciativas nacionais, regionais e internacionais de facilitação do comércio. O organismo desempenha um papel fundamental, no âmbito da futura Estratégia Regional de Facilitação do Comércio e dos Transportes, para assegurar a supervisão integrada dos Estados-Membros nas iniciativas de facilitação do comércio intrarregional, em conformidade com a Visão 2050 da CEDEAO.
O objetivo geral da quarta reunião foi analisar a implementação de reformas de facilitação do comércio no âmbito do Acordo de Facilitação do Comércio da OMC e da Zona de Comércio Livre Continental Africana, assim como considerar questões emergentes relacionadas com a livre circulação das mercadorias na região.
A reunião também teve como objetivo:
Validar os termos de referência dos subcomités do Comité Regional de Facilitação do Comércio (RTFC);
Analisar os progressos das principais iniciativas, como o Programa de Capacitação em Linha da CEDEAO para os CNFCs;
Discutir o reforço da colaboração entre os comités para o comércio e para os transportes;
Considerar as questões relacionadas com os obstáculos não comerciais na região; e
Adotar o plano de trabalho anual do RTFC.
O Programa FCAO continua empenhado em apoiar a CEDEAO e o RTFC nas suas ações para reforçar a facilitação do comércio em toda a região.
Workshop de construção de capacidades dos CNFCs em matéria de género realizado na Nigéria e no Benim
O Programa FCAO organizou sessões de formação regionais para os membros dos CNFCs e do subcomité para o género sobre a integração do género para melhorar os resultados da facilitação do comércio. A formação decorreu de 16 a 17 de outubro em Lagos e reuniu mais de 40 membros de diferentes instituições (57% mulheres, 76% do sector público, 22% do sector privado e 2% da sociedade civil) que tiveram uma participação ativa na formação. O workshop também teve lugar em Cotonou, de 23 a 24 de outubro, com 36 participantes (47% mulheres, 3 representantes do sector privado e 1 representante da sociedade civil).
Estas formações fazem parte dos esforços mais amplos do Programa FCAO para capacitar os CNFCs e apoiar a integração das questões relacionadas com o género e a consciencialização dos pequenos comerciantes transfronteiriços (SSCBTs) nos seus trabalhos. Assim, baseiam-se em passos anteriores apoiados pelo programa, incluindo a alteração dos decretos dos CNFCs (para incluir as partes interessadas nas questões relacionadas com o género), a criação de estruturas/ subcomités dedicados e a inclusão de elementos SSCBT e de género nos seus roteiros/planos de ação. Estão em curso esforços semelhantes - embora em diferentes fases de progresso - em vários países do Programa FCAO, como o Burkina Faso, a Costa do Marfim, o Gana, o Níger e o Senegal, entre outros.
O objetivo da formação era capacitar os membros dos CNFCs, incluindo os membros dos respetivos subcomités para o género, para:
Entender os principais conceitos relacionados com o género que sustentam a integração da perspetiva do género em relação ao trabalho dos CNFCs;
Aplicar as melhores práticas para integrar as questões relacionadas com o género nas operações e na formulação de políticas dos CNFCs;
Aplicar o mapeamento e análise das partes interessadas (estudo de caso relacionado com a integração das questões de género na Nigéria);
Entender os conceitos-chave da monitorização e avaliação sensíveis ao género, a fim de atribuir prioridades às etapas de ação para promover a monitorização sensível ao género nos seus países; e
Entender e aplicar técnicas de orçamentação sensíveis ao género para promover a igualdade de género.
Os participantes no workshop apreciaram as informações recebidas dos facilitadores e uns dos outros. No final das sessões, os participantes de ambos os países receberam certificados e fizeram recomendações:
Simplificar e harmonizar os procedimentos de desalfandegamento das fronteiras para os SSCBT para além do Esquema de Liberalização do Comércio (ETLS) da CEDEAO. A este respeito, são necessárias mais consultas com um grande número de SSCBT para adaptar a simplificação às suas necessidades;
Organizar regularmente atividades de fortalecimento de capacidades, de sensibilização e de consciencialização para os SSCBT e os funcionários das fronteiras no que respeita às declarações simplificadas nas fronteiras; e
Fazer um levantamento dos dados existentes sobre o comércio transfronteiriço nas instituições dos CNFCs, a fim de conceber um mecanismo abrangente de recolha de dados desagregados por género para informar a conceção de políticas comerciais inclusivas.
A UEMOA acolhe uma reunião regional de chefes dos CNFCs
No âmbito do acordo auxiliar celebrado com o Programa FCAO, a Comissão da UEMOA organizou um workshop regional de 25 a 26 de outubro em Lomé para reforçar ainda mais a integração das práticas dos CNFCs da UEMOA. A Comissão — tendo sido pioneira no apoio proativo aos CNFCs na última década — continua a facilitar o intercâmbio de práticas e ferramentas para apoiar uma maior integração regional através da agenda de facilitação do comércio.
O workshop contou com a participação de 45 partes interessadas, incluindo: 35 participantes presenciais, 4 peritos por Estado Membro (exceto o Níger), 2 quadros do Banco Mundial, 4 representantes da Comissão da UEMOA e 1 representante da Comissão da CEDEAO. As delegações dos Estados-Membros eram compostas por peritos dos CNFCs e estruturas responsáveis pela política de facilitação do comércio em cada país.
O workshop regional foi uma continuação e consolidação de iniciativas anteriores organizadas com o Programa FCAO. Por exemplo, foram realizados em 2020 e 2021 workshops regionais em sete países para:
Apoiar a adoção do modelo de maturidade regional para os CNFCs como uma ferramenta para apoiar o estabelecimento e o fortalecimento de capacidades institucionais e consultivas para a coordenação das reformas de facilitação do comércio;
Divulgar os resultados da pesquisa de campo regional do Programa FCAO sobre os SSCBT e o género realizada ao longo de seis corredores visados pelo programa; e
Desenvolver recomendações para a integração sistemática das questões de género no diálogo, políticas e reformas regionais de facilitação do comércio.
Esses workshops nacionais permitiram obter recomendações de alta qualidade para os CNFCs e para os governos sobre a implementação prática desses estudos e ferramentas. O objetivo é apoiar as capacidades institucionais eficazes e inclusivas e políticas de facilitação do comércio que beneficiem os operadores económicos regionais e locais e o SSCBT, especialmente as mulheres.
O workshop regional apresentou e ajudou a consolidar as recomendações dos workshops nacionais realizados em 2020 e 2021, e definiu mais formas práticas para fortalecer as plataformas de coordenação e o diálogo público-privado inclusivo dos CNFCs. Ao longo das sessões, os participantes exploraram a forma de definir sinergias com os mecanismos de avaliação existentes, chegaram a acordo sobre um quadro regional para apoiar a sua implementação e estabelecer disposições regionais sustentáveis de monitorização e avaliação para promover a convergência regional das iniciativas de facilitação do comércio. Foi adotado um quadro regional para apoiar a implementação destas recomendações e os CNFCs adotaram igualmente um novo mecanismo de comunicação sobre as suas atividades que beneficiam do apoio financeiro da UEMOA. Esse novo processo será implementado a partir de março de 2024.
Implantação do SIGMAT no Mali
A 24 de Maio, os Directores-gerais de Burkina Faso, Níger e Mali assinaram um acordo tripartido para a implementação do SIGMAT. A assinatura teve lugar em Bamako, sob a supervisão do Ministro da Economia e Finanças do Mali.
O calendário anexo ao acordo tripartido define a fase piloto como 10 de Julho de 2023[1] e a reunião de avaliação da fase piloto em Uagadugu como 10 de Outubro de 2023.
O Mali seleccionou quatro estâncias nos três países para a fase piloto do SIGMAT:
- Bureau des Produits Pétroliers (BPP-Bamako) ;
- Estância de Labbezanga (Níger-Mali);
- Estância de Gao (Níger-Mali); e
- Estâncias de Hermakono/Sikasso (Burkina-Mali).
Em meados de Agosto, um transitário especializado em hidrocarbonetos deu a conhecer à Fédération des Transitaires du Mali (FETRAM) as suas preocupações relativamente a cortes bruscos de postos de trabalho — isto porque as operações de trânsito, anteriormente realizadas no posto fronteiriço de Heremakono (Burkina - Mali), estão agora a ser transferidas para o Bureau des Produits Pétroliers em Bamako (escolhido como o local piloto) e a FETRAM entrou em greve. No meio das negociações, a DG das Alfândegas reiterou a determinação do Mali de avançar com a implementação do SIGMAT, apesar dos desafios que persistem.
A fim de encontrar uma solução definitiva e abrangente, o Mali empreenderá as seguintes acções:
- A Câmara de Comércio e Indústria do Mali (CCIM) emite as cadernetas TRIE para o Escritório de Hermakono exclusivamente para o processamento de T1; a informação recolhida será então transferida para o módulo SIGMAT;
- Realização de workshops de informação e formação sobre o SIGMAT; e
- Organização de viagens de estudo a países que já tenham iniciado a implantação do SIGMAT.
[1] É importante salientar que a fase piloto é, de acordo com o princípio das Alfândegas, a implementação do SIGMAT numa amostra de estâncias. Após a fase piloto, o SIGMAT é estendido a outras estâncias, sem interrupção.
Workshop sobre a Medição do Desempenho das Agências nos Postos Fronteiriços Terrestres
De 13 a 15 de Setembro, a Comissão da UEMOA, em colaboração com o Programa TFWA, organizou um workshop sobre medição do desempenho das agências nos postos fronteiriços terrestres. O evento teve lugar em Lomé, com enfoque na facilitação do comércio na zona UEMOA. O evento reuniu especialistas dos Estados-Membros da UEMOA para validar a matriz dos indicadores de desempenho e determinar os respectivos métodos de administração e implementação.
A abertura do workshop foi presidida pelo representante do Ministro (responsável pelos Transportes do Togo), Senhor Kossi Dogbey. Entre os outros representantes de alto nível presentes estavam o Chefe de Gabinete do Comissário (responsável pelo Departamento de Mercado Regional e Cooperação), Professor Georges Anicet Ouedraogo e o Especialista Sénior para o Sector Privado do Banco Mundial, Senhor Olivier Hartmann.
O workshop teve como objectivo estabelecer um mecanismo regional para medir o desempenho das agências nos postos fronteiriços terrestres. Este mecanismo pode, em última análise, ajudar a conceber políticas e iniciativas de reforma para a modernização, que irão permitir a melhoria dos serviços prestados aos utilizadores na fronteira, bem como a fluidez e rapidez do desalfandegamento de mercadorias nos postos fronteiriços terrestes na zona UEMOA.
Os participantes reconheceram que a formação foi muito valiosa e importante. No final do seminário, as partes interessadas acordaram:
- Elaborar um plano de acção para o desenvolvimento da solução de administração matricial validada; e
- Fazer pilotos e implementar a solução em todos os Estados-Membros da UEMOA.
O Programa TFWA irá continuar a apoiar a Comissão e outros parceiros nacionais na implementação e integração destas medidas para melhorar a gestão das
SIGMAT — Um Sistema de Interconexão Aduaneira que Revitaliza o Comércio na África Ocidental
Com o objectivo de melhorar a comunicação entre alfândegas, reduzir a burocracia na fronteira e facilitar o comércio em toda a África Ocidental, as Comissões da CEDEAO e da UEMOA, com o apoio do Programa TFWA, estão a implantar activamente o SIGMAT em toda a região. O SIGMAT é um sistema de interconexão informática entre estâncias aduaneiras dos Estados-Membros, permitindo a partilha rápida e precisa de dados e informações para melhorar a integração regional. Com o SIGMAT, os serviços aduaneiros de dois ou mais países da sub-região podem trocar instantaneamente informações digitais relativas a mercadorias em trânsito, permitindo um fluxo de mercadorias mais fácil e mais seguro.
O vídeo recentemente divulgado pelo Programa TFWA apresenta ao público o SIGMAT, explicando como o sistema funciona e os inúmeros benefícios que oferece aos intervenientes públicos e privados da região. Especificamente, o vídeo (que está disponível em Francês e Inglês) mostra um guia passo a passo de como o SIGMAT funciona perfeitamente (desde a partida ao destino) para tornar o comércio mais fácil, mais barato e mais seguro:
- Na partida, a estância aduaneira atribui à carga um número de trânsito único, que é utilizado em todos os países que atravessa.
- O sistema SIGMAT notifica as diferentes estâncias aduaneiras, à medida que as mercadorias chegam aos postos ao longo do corredor.
- O número de trânsito único permite que os vários postos localizem e identifiquem facilmente as declarações e as mercadorias.
- Cada estância emite notificações de trânsito que são visíveis nos sistemas informáticos das alfândegas até que as mercadorias cheguem ao seu destino final.
O intercâmbio de informações beneficia tanto as autoridades aduaneiras, como os principais operadores económicos, tais como os pequenos operadores transfronteiriços, reduzindo o trabalho administrativo moroso, os custos de trânsito e de transporte e aumentando as receitas aduaneiras. No geral, o SIGMAT ajuda a proteger o comércio, reduzir fraudes e melhorar o ambiente de negócios da região.
Desde o seu lançamento em 2019, o SIGMAT ganhou força em toda a região. Após a adopção precoce no Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Níger e Togo, em Junho de 2023 mais quatro países (Gana, Guiné, Mali e Senegal) juntaram-se à lista e assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para operacionalizar o SIGMAT
A cerimónia de assinatura operacionaliza o SIGMAT
No dia 9 de junho, os Diretores-Gerais das Alfândegas dos Estados Membros da CEDEAO assinaram um memorando de entendimento e as instruções-quadro para a implantação do SIGMAT em toda a região. A operacionalização do SIGMAT é uma consecução notável para a região e ganhou muita cobertura em todos os meios de comunicação social. O evento também constituiu um marco importante para o Programa FCAO, que passou vários anos a apoiar esta evolução no sentido da interconectividade das agências aduaneiras.
O SIGMAT é um sistema digital que foi desenvolvido para melhorar a interconectividade aduaneira na África Ocidental. Lançado em 2019, o SIGMAT já foi operacionalizado no Togo, Níger, Costa do Marfim, Burkina Faso e Benim e, recentemente, mais quatro países - Mali, Guiné, Senegal e Gana - seguiram o exemplo.
Esta ocasião monumental é um testemunho do empenho dos Estados-Membros em melhorar a eficácia e a eficiência dos procedimentos de trânsito. Com o SIGMAT, os países podem simplificar os procedimentos de trânsito, facilitando o rastreio das mercadorias, melhorando a deteção de fraudes e assegurando as receitas aduaneiras. Além disso, a implementação do SIGMAT beneficiará muito os principais agentes económicos, como os pequenos comerciantes transfronteiriços, reduzindo os custos e os atrasos, o que, em última análise, tornará o comércio mais fácil, mais barato e mais seguro para eles.
Nas suas observações, Akou Mawussé Afidenyigba, Diretor do Gabinete do Ministério da Economia e das Finanças do Togo, declarou: “O projeto SIGMAT contribui para a implementação dos principais instrumentos da Organização Mundial das Alfândegas e do Acordo sobre a Facilitação do Comércio, na medida em que assegura a gestão informatizada do trânsito à escala internacional, impulsionando assim o desenvolvimento de um sistema de trânsito único. O projeto SIGMAT destina-se a implementar os principais instrumentos da Organização Mundial das Alfândegas e do Acordo sobre a Facilitação do Comércio, proporcionando uma gestão informatizada do trânsito à escala internacional, dando assim um verdadeiro impulso à desmaterialização dos procedimentos aduaneiros.”
Salifou Tiemtore, Diretor da União Aduaneira e Fiscalidade da Comissão da CEDEAO, que tem trabalhado diligentemente para apoiar a adoção do SIGMAT, acrescentou que um sistema de trânsito eficiente contribui enormemente para facilitar os movimentos transfronteiriços de mercadorias.
Prevê-se que o piloto SIGMAT tenha início a 10 de julho, seguido de uma reunião de avaliação a 10 de outubro. O Programa FCAO celebra este progresso e está entusiasmado por continuar a apoiar a conetividade na região.
O CEDEAO recebe a 3.a Reunião do RTFC
A terceira reunião do Comité Regional para a Facilitação do Comércio (RTFC) realizou-se de 27 a 29 de março em Acra. Com o apoio do Programa FCAO, 45 participantes estiveram presentes na reunião, incluindo o Exmo. Michael Baafi, Vice-Ministro do Comércio e da Indústria do Gana; Sr. Kolawole Sofola, Diretor Interino do Comércio na Comissão da CEDEAO; e o Sr. Abas Djalo, Secretário-Geral do Ministério do Comércio da República da Guiné-Bissau; entre outros.
Durante a sessão de três dias muito produtiva, os peritos e outras partes interessadas analisaram e discutiram a implementação das reformas regionais de facilitação do comércio, abordaram as barreiras comerciais e apresentaram recomendações para melhorar a livre circulação de mercadorias na região, incluindo:
- Tirar partido da AfCFTA para melhorar o comércio intrarregional.
- Implementar mecanismos para aprofundar a colaboração entre o Grupo de Trabalho do Esquema de Liberalização do Comércio da CEDEAO (ETLS) e o RTFC para assegurar a plena implementação do ETLS nos Estados Membros da CEDEAO.
- Criar mecanismos para comunicar e eliminar os obstáculos não pautais que continuam a dificultar o comércio intrarregional, especialmente para as MPME e os pequenos comerciantes.
Além disso, os peritos debateram a política de eliminação das barreiras não pautais (BNT) da CEDEAO e a estratégia regional de facilitação do comércio e dos transportes, que deverão melhorar o comércio intrarregional.
A Comissão da CEDEAO criou o RTFC para melhorar a coordenação, a cooperação e o acompanhamento de todas as iniciativas internacionais, regionais e nacionais de facilitação do comércio. O Programa FCAO congratula-se por ter apoiado o lançamento e o trabalho em curso do RTFC.
O FCAO Apoia a Missão no Burkina Faso e no TOGO
Neste trimestre, o Programa FCAO efetuou uma missão de avaliação do SIGMAT ao longo do corredor comercial Lomé - Ouagadougou. Esta missão centrou-se no encontro com os principais intervenientes na facilitação do comércio, incluindo funcionários aduaneiros, agências fronteiriças, câmaras de comércio, transitários, transportadores e camionistas no Burkina Faso e no Togo.
Em ambos os países, as partes interessadas reconheceram os impactos positivos do SIGMAT, que incluem o aumento das receitas aduaneiras, a redução da fraude e a poupança de tempo. Foram também abordadas algumas questões para tirar o máximo partido da missão e melhorar o lançamento do SIGMAT. Entre as medidas previstas incluem-se a coordenação dos horários de trabalho das alfândegas e de outros organismos de ambos os lados do posto fronteiriço conjunto de Cinkanse, a ligação à Internet, a formação regular dos funcionários aduaneiros e dos transitários e o alargamento da declaração SIGMAT a novas rotas e destinos, principalmente devido à atual situação de segurança.
Graças ao SIGMAT, os serviços aduaneiros de dois ou mais países da sub-região podem trocar instantaneamente, em tempo real, informações eletrónicas/automatizadas relativas às mercadorias em trânsito, contribuindo para facilitar e revitalizar o comércio entre os Estados membros da CEDEAO. A utilização do SIGMAT reduz o tempo e os custos de trânsito, facilitando o rastreio das mercadorias, aumentando a transparência e combatendo a fraude.
O Programa FCAO organiza uma formação sobre o Comércio e o Género para os NTFCs
De 15 a 16 de setembro, o Programa FCAO organizou uma sessão de formação sobre a “Integração do género para melhorar os resultados da facilitação do comércio” para os Comités Nacionais de Facilitação do Comércio (NTFCs) no Burkina Faso e no Níger. Ambas as sessões de formação foram executadas num formato híbrido e ministradas pelos especialistas do Programa FCAO, Jean-Louis Uwitonze e Jessica Antista. Este evento faz parte de uma iniciativa regional e abrangente de desenvolvimento de capacidade para aumentar a consciencialização sobre o género na facilitação do comércio entre os membros do NTFC, incluindo os membros do subcomité para o género, e para que esses comités coloquem as questões do género nas suas agendas de trabalho.
A formação centrou-se nos conceitos básicos relativos ao género, o nexo entre o comércio e o género e como incorporar o género nos seus trabalhos. Tópicos incluídos:
- Entender os principais conceitos relacionados com o género que sustentam a integração da perspetiva do género no que se refere ao trabalho dos NTFCs;
- Compreender, apreciar e aplicar as melhores práticas para integrar o género nas operações e na formulação de políticas dos NTFCs;
- Aplicar o mapeamento e a análise das partes interessadas para identificar e definir estratégias de envolvimento para quaisquer partes interessadas adicionais convidadas para o Grupo de Trabalho sobre o Comércio e o Género do NTFC;
- Entender os principais conceitos da monitorização e avaliação (M&A) sensíveis ao género, a fim de promoverem a monitorização sensível ao género nos respetivos países; e
- Entender e aplicar técnicas de orçamentação sensível ao género para defender eficazmente a igualdade de géneros.
No Burkina Faso, a formação reuniu 36 participantes, incluindo membros do NTFC e membros do subcomité para o comércio e o género, bem como representantes do Ministério do Género, do Secretariado Permanente do Conselho Nacional de Promoção do Género (SP-CONAP genre), da Associação de Comerciantes Informais (Le Conseil National de l”Economie Informelle) e das Associações de Pequenos Comerciantes. Durante as sessões, os participantes foram divididos em grupos de trabalho para discutirem e envolverem-se em exercícios práticos.
A cerimónia de encerramento foi presidida pelo Sr. Seydou Ilboudo, Diretor Geral do Comércio (representante do Presidente do NTFC). Agradeceu ao Programa FCAO pelo desenvolvimento de capacidades que está a ser implementada para o NTFC do Burkina Faso e elogiou a qualidade da sessão. Também congratulou os membros do NTFC pelas suas contribuições e encorajou-os a permanecerem empenhados na aplicação das lições aprendidas nas suas atividades de facilitação do comércio. No final das sessões, os participantes foram convidados a avaliar a formação ministrada. Muitos expressaram o seu apreço, elogiaram a qualidade da formação e notaram a sua importância para o seu trabalho.
No Níger, a sessão contou com a presença de um total de 41 membros do NTFC e do Grupo de Trabalho para o Comércio e o Género (65% mulheres, 35% homens), incluindo alguns pequenos comerciantes. Na cerimónia de encerramento, o Sr. Boukari Souleymane, representante do Secretário-Geral do Ministério e Presidente do NTFC, deu os parabéns aos participantes pela sua participação ativa em discussões e exercícios práticos. Também agradeceu ao Programa FCAO pelo seu apoio contínuo aos NTFCs e compromisso com o progresso na agenda de comércio e género em toda a região.
A CEDEAO e FCAO lançam Programa de Capacitação dos NTFCs
O Programa FCAO e a UNCTAD estão trabalhando juntos para fornecer para a implantação do Programa Regional de Capacitação Online CEDEAO para os Comités Nacionais de Facilitação do Comércio (NTFCs). O programa já foi lançado em vários países da região, incluindo o Burkina Faso, Benim, Costa do Marfim, Níger, Nigéria e Senegal, e foi bem recebido pelos participantes, que demonstraram um notável nível de compromisso para com a aprendizagem a um ritmo individualizado e as sessões interativas.
Recentemente, o programa de aprendizagem online foi lançado com sucesso na Guiné, Guiné-Bissau, Mali, Cabo Verde, Togo, Libéria e Gâmbia. Os Secretariados do NTFC desempenham um papel fundamental no processo, monitorizando o progresso, garantindo uma participação significativa e apoiando os participantes na sua jornada de e-learning.
O Programa de Capacitação Online da CEDEAO capacita os NTFCs a assumirem com sucesso o seu mandato para implementar reformas de facilitação do comércio de forma coordenada. Permite que os membros dos NTFC s se conectem com especialistas internacionais através de diversos webinars. Ao mesmo tempo, o programa de aprendizagem está a construir novas pontes entre os NTFCs da África Ocidental. Por exemplo, o presidente do subcomité para o comércio e o género do NTFC do Gana tem planos para partilhar ideias com o NTFC na Nigéria.
No final deste mês, o Programa de Capacitação Online da CEDEAO será lançado no Gana.
Comissão da CEDEAO Lança Programa de Capacitação para NTFCs
A Comissão da CEDEAO lançou com sucesso a Formação do Programa para Capacitação Online da CEDEAO para os Comités Nacionais de Facilitação do Comércio (NTFCs). Esta iniciativa é um programa regional de capacitação online para capacitar os membros da NTFC a desempenharem as suas funções de forma eficaz e fazerem avançar suas agendas de facilitação de comércio para o futuro - equipando-os com o conhecimento dos padrões e práticas internacionais e regionais de facilitação do comércio. A iniciativa foi lançada no Burkina Faso, Benim, Costa do Marfim, Níger, Nigéria e Senegal, assinalando um marco importante para a facilitação do comércio na região.
Esta Formação do Programa para Capacitação Online da CEDEAO para NTFCs utiliza uma abordagem de multicamadas em rede e interatividade. Os materiais do curso são oferecidos em três idiomas (inglês, francês e português) e utilizam uma grande variedade de formatos, incluindo webinars, vídeos gravados, questionários, um e-book, um exame final no fim de cada módulo e sugestões de leitura adicionais. A plataforma apresenta as melhores práticas ao mesmo tempo em que fornece uma forma dinâmica e eficaz para os membros do NTFC aprenderem.
Como parte da sequência de atividades implementadas para apoiar a maturidade dos NTFCs da África Ocidental, o Programa FCAO contratou a UNCTAD para implementar o seu Programa de Capacitação entre os 15 NTFCs da região. Esta formação em facilitação do comércio é ministrada online e orientada. Conforme identificada durante a autoavaliação da maturidade da NTFC, responde à necessidade de apoiar os conhecimentos dos membros do NTFC sobre a TFA e a facilitação do comércio na África Ocidental.
O programa FCAO é Apresentado no 1o Congresso do Comércio Mundial sobre o Género
De 5 a 7 de Dezembro, o Programa FCAO juntou-se a trinta investigadores de topo de todo o mundo na primeira conferência internacional de investigação sobre o comércio e o género da OMC. O evento bienal teve lugar em Genebra sob o tema “Gender Equality for Sustainable Trade and Recovery” (Igualdade de Género para um Comércio Sustentável e a Recuperação). O encontro teve como objetivo apresentar a investigação feita por especialistas em comércio e género, mostrar as novas iniciativas de investigação e promover uma pesquisa inovadora na área.
O evento com a duração de três dias foi oficialmente aberto pelo Diretor Geral da OMC, Dr. Ngozi Okonjo-Iweala, juntamente com oradores de alto nível de governos, do sector privado e de organizações internacionais. Nos seus comentários iniciais, o DG Okonjo-Iweala referiu o impacto da pandemia da COVID-19 em termos de género, o que está em consonância com a investigação e os resultados do Programa FCAO na África Ocidental, que foram apresentados no evento.
Carmine Soprano representou o Programa FCAO e lançou um artigo intitulado “Avaliar o Impacto da Pandemia nas Mulheres Comerciantes na África Ocidental: Resultados do Inquérito do Programa (FCAO) de Facilitação do Comércio da África Ocidental e Recomendações Importantes.” Os resultados mostram que a pandemia afetou gravemente os pequenos comerciantes transfronteiriços (SSCBT), especialmente as mulheres. Com o encerramento das fronteiras e restrições de mobilidade, estes comerciantes enfrentaram custos de transporte mais elevados e uma queda drástica na procura dos seus produtos. De facto, 42% destes comerciantes referiram ter sofrido uma redução nas suas receitas superior a 50%. Sendo em grande parte comerciantes informais, muitas mulheres comerciantes ficaram de fora das transferências de dinheiro e outras medidas de alívio da COVID pelo governo, principalmente devido à sua baixa consciencialização.
As conclusões apresentam uma oportunidade para os decisores políticos compreenderem melhor as barreiras específicas enfrentadas pela desigualdade de género no comércio e começarem a conceber políticas que proporcionem benefícios tangíveis para as mulheres. O Programa FCAO teve o prazer de apresentar as suas conclusões no fórum e continuará a apoiar a agenda do comércio e do género através do seu trabalho e investigação.
CEDEAO, GIZ dão formação a jornalistas sobre acordos comerciais
A Comissão da CEDEAO, com o apoio técnico da GIZ, organizou um workshop regional de quatro dias para melhorar os conhecimentos e a capacidade dos jornalistas para relatarem eficazmente os acordos e instrumentos de facilitação do comércio, incluindo o Acordo de Facilitação do Comércio da OMC (TFA) e o Acordo de Comércio Livre Continental Africano (AfCFTA). O workshop decorreu de 29 de novembro a 1 de dezembro em Abuja, Nigéria e reuniu 30 jornalistas de 10 países da CEDEAO (Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Libéria, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo).
“A Comissão da CEDEAO está convencida de que o acesso à informação atualizada pelos jornalistas sobre o TFA e o AfCFTA é essencial para o sucesso destes acordos. O papel dos média e especificamente dos jornalistas é fundamental para progredir nas áreas de desenvolvimento do comércio e da integração. O objetivo é contribuir para a construção de uma rede de jornalistas comerciais em toda a região da CEDEAO. Portanto, o sucesso da implementação do TFA e do AfCFTA depende grandemente de um bom sistema de comunicação que deve contribuir para informar e sensibilizar todos os intervenientes da economia e da sociedade, numa abordagem simultaneamente participativa e inclusiva, com o objetivo final de assegurar a sua apropriação dos Acordos”, disse o Sr. Seydou Sacko, Responsável Principal do Programa, Comércio Informal Transfronteiriço na Comissão da CEDEAO.
O workshop foi concluído com um feedback positivo dos participantes, que apreciaram muito as percepções e experiências partilhadas durante o workshop. Hawa Njie, uma jornalista da Gâmbia, disse que a formação aumentou os seus conhecimentos sobre o AfCFTA e outros instrumentos comerciais. Disse ainda que pretende utilizar o seu papel como jornalista para esclarecer os comerciantes sobre como podem maximizar os benefícios do acordo comercial.
O workshop também teve lugar em Dakar, Senegal, de 7 a 11 de Novembro, para jornalistas selecionados de cinco Estados membros da sub-região da CEDEAO (Benim, Cabo Verde, Guiné, Guiné-Bissau e Mali). Durante a sessão, o Sr. Matthieu Segard da GIZ declarou que o Programa FCAO e os seus financiadores têm trabalhado com as partes interessadas para melhorar o comércio e os investimentos na sub-região. Acrescentou ainda que o apoio da GIZ exigia que jornalistas e intervenientes do sector privado entendessem melhor e se envolvessem com os novos acordos e protocolos comerciais - ajudando-os a entender as suas implicações para as economias de toda a região.
No final do workshop, os participantes afirmaram que partilhariam os conhecimentos adquiridos para melhorar os relatórios sobre questões comerciais, ao mesmo tempo que ajudariam a envolver os intervenientes públicos e os decisores políticos nas políticas e acordos regionais de facilitação do comércio.
O programa FCAO Participa na Conferência sobre Tecnologia da WCO 2022
A 19 de outubro, o Programa FCAO participou na Conferência e Exposição de Tecnologia da Organização Mundial das Alfândegas (OMA) de 2022, nos Países Baixos. Sob o tema “Impulsionar o Desempenho Aduaneiro com Dados e Tecnologia na Paisagem em Mudança do Comércio Global”, a conferência proporcionou uma plataforma para os participantes explorarem soluções apoiadas em tecnologias, permitindo que as alfândegas operarem em modos digitais e criem um modelo operacional baseado em dados recolhidos de todo o ecossistema comercial. O evento contou com a presença de representantes da OMA, administrações aduaneiras de todo o mundo e agências de gestão de fronteiras.
A representante do Programa FCAO, Maiko Miyake, participou numa sessão de discussão sobre a importância da troca de dados entre clientes para facilitar o comércio e evitar fraudes. Na África Ocidental, a partilha de dados sobre as operações de trânsito é uma prioridade para as administrações aduaneiras e os operadores económicos. O principal objetivo é simplificar e garantir a circulação de mercadorias através das fronteiras. Com este pano de fundo, a Sra. Miyake discutiu o Sistema Interligado para a Gestão de Mercadorias em Trânsito (SIGMAT). Desenvolvido pela Comissão da CEDEAO com o apoio do Programa FCAO, o SIGMAT é um sistema de interconectividade concebido para automatizar os procedimentos de trânsito entre os Estados membros da CEDEAO. O SIGMAT oferece enormes benefícios aos funcionários aduaneiros, comerciantes, empresas e governos:
- Melhoria da eficiência e transparência das operações e procedimentos aduaneiros;
- Melhoria das capacidades de análise de risco; e
- Aumento do comércio regional (através da redução do custo das operações comerciais).
A Sra. Miyake acrescentou que o SIGMAT já foi implementado com sucesso nos principais corredores comerciais da África Ocidental, bem como ao longo de componentes rodoviários/ferroviários. Também referiu o apoio da OMA, incluindo a formação de especialistas em TI para desenvolver especificações de mensagens baseadas no Modelo de Dados da OMA (uma norma global) organizado para simplificar os complexos processos regulatórios aduaneiros e fronteiriços e, em última instância, permitir o intercâmbio de dados sem descontinuidades.
Antes do encerramento da sessão, a Sra. Miyake destacou outras atividades em curso relacionadas com o SIGMAT apoiadas pelo Programa FCAO, incluindo: desenvolver uma versão móvel do SIGMAT; apoio à expansão da interconexão dentro da região; e apoio a sessões de formação para agentes aduaneiros, transitários e outros intervenientes relevantes. O Programa FCAO continuará a apoiar a implementação do SIGMAT e a sua aceitação pelas autoridades aduaneiras em toda a região da CEDEAO.
ECOWAS, o GIZ organiza um Workshop para o Aumento de Capacidades para os Meios de Comunicação Social
Os meios de comunicação social desempenham um papel fundamental na sensibilização, informação e educação do público para as iniciativas do comércio transfronteiriço.
De 4 a 8 de julho, a Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), em colaboração com o GIZ, no âmbito do Programa de Facilitação do Comércio da África Ocidental (FCAO), realizou um workshop com o fim de aumentar as capacidades em Lagos para jornalistas selecionados da Gâmbia, Gana, Libéria, Nigéria e Serra Leoa. Outros participantes incluíram: Sr. Kolawole Sofola, Diretor Comercial Interino da CEDEAO; Sr. Bernard Tayoh, Chefe de Componente, GIZ - Programa FCAO; e Dr. Ken Ukaoha, Diretor-Geral do Instituto para o Desenvolvimento do Comércio e da Agricultura da África Ocidental (WAITAD).
A formação com a duração de cinco dias foi concebida para melhorar a comunicação sobre questões comerciais pelos meios de comunicação social, assegurando que os jornalistas e os profissionais da comunicação social estejam mais conscientes dos protocolos comerciais regionais existentes e das iniciativas da CEDEAO. O objetivo é ajudar os meios de comunicação social a monitorizarem efetivamente a implementação desses acordos relacionados com o comércio, responsabilizar os governos e garantir a precisão das comunicações. Ao longo da sessão, os participantes foram introduzidos aos conceitos-chave dos acordos e instrumentos comerciais internacionais e regionais, incluindo o Acordo de Facilitação do Comércio da OMC (TFA), o Esquema de Liberalização do Comércio da CEDEAO (ETLS) e a Tarifa Externa Comum da CEDEAO (CET).
O workshop também se concentrou na dimensão do género na facilitação do comércio e nos desafios relacionados com a implementação da agenda regional de facilitação do comércio. Nas suas observações iniciais, o Sr. Sofola destacou o papel-chave dos jornalistas como garantes da informação e defensores das reformas comerciais na África Ocidental. Afirmou que tem havido numerosos desenvolvimentos comerciais liderados pelos governos e pela Comissão da CEDEAO, tais como a Área de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA) e o Esquema de Liberalização do Comércio da CEDEAO (ETLS), para impulsionar as oportunidades comerciais. No entanto, muitos cidadãos têm um conhecimento limitado destes protocolos comerciais e dos seus benefícios. Observou ainda que partilha de informações precisas através de um jornalismo eficaz poderia melhorar a participação do sector privado, maximizando os benefícios disponíveis através desses acordos.
O Sr. Tayoh mencionou que a formação irá melhorar a compreensão pelos meios de comunicação social dos protocolos, processos e oportunidades comerciais atuais, permitindo assim que os jornalistas monitorizem eficazmente os ELTS dentro da Região da CEDEAO. Acrescentou ainda: “Com novos protocolos a surgir tanto na região como no continente, inclusive no âmbito da AfCFTA, consideramos necessário reforçar a capacidade das OSC e dos jornalistas para compreenderem as implicações destas medidas”.
No fim do workshop, os participantes concordaram em colaborar e intensificar os esforços de sensibilização do público para as políticas de facilitação do comércio da CEDEAO.
A Comissão da CEDEAO organiza um retiro para o Comité Interministerial de Facilitação do Comércio
De 1 a 3 de agosto, a Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) organizou um retiro para o Comité Interministerial de Facilitação do Comércio da CEDEAO (IDTFC) em Lagos. Os participantes incluíram representantes das Direções e Agências da CEDEAO, incluindo: Comércio, União Aduaneira e Fiscalidade, Transportes, Sector Privado, Indústria, Livre Circulação de Pessoas, Investigação e Estatística, Relações Externas, Assuntos Jurídicos, Comunicação e o Centro de Desenvolvimento para o Género da CEDEAO. Também participaram no retiro representantes do GIZ e do Afreximbankt.
Durante os três dias, os participantes analisaram minutas de documentos orientadores sobre comércio regional, incluindo a Estratégia de Facilitação do Comércio e Transporte Regional (RTTFS), o Quadro para a Eliminação de Barreiras Não-Tarifárias (BNT), a Política Comercial Comum (PTC) e a Estratégia de Desenvolvimento do Comércio e Investimento.
Nas suas observações iniciais, o Sr. Kolawole Sofola, o Diretor Comercial Interino da CEDEAO, saudou o grupo e destacou os recentes esforços da Comissão para impulsionar a implementação de iniciativas comerciais em toda a região. Disse ainda que a adoção da Lei Complementar sobre o Trânsito Comunitário da CEDEAO e o lançamento do Comité Regional de Facilitação do Comércio (RTFC), que foi criado para reforçar as sinergias entre os organismos responsáveis pela facilitação a nível do país ao mesmo tempo que simplificam os procedimentos para a exportações, as importações e o trânsito.
Falando em nome da GIZ, o Sr. Kelechi Okoro, Conselheiro do Programa de Facilitação do Comércio da África Ocidental (FCAO), reiterou o compromisso do GIZ de apoiar o Comité e, uma vez adotadas, congratula-se com a supervisão da Comissão na implementação efetiva das estratégias.
O IDTFC foi criado em 2017 para liderar uma abordagem coordenada para a implementação de acordos e programas de facilitação do comércio implementados por diversas Direções e Agências da Comissão da CEDEAO.
Formação funcional no SIGMAT para o Gana, Gâmbia e Nigéria
O SIGMAT é um projeto de interconexão aduaneira da CEDEAO que visa melhorar a integração regional automatizando os procedimentos de trânsito na união. O módulo SIGMAT permite trocas eletrônicas de dados entre os sistemas alfandegários – isso facilita e protege a movimentação de mercadorias pelos vários corredores comerciais da região, fornecendo informações digitais e precisas aos funcionários alfandegários sobre a carga em trânsito de um estado para outro.
- A Alfândega da Costa do Marfim está conectada (por estrada e ferrovia) com o sistema aduaneiro de Burkina Faso
- A Alfândega de Burkina Faso está conectada com a Costa do Marfim, Togo e Níger
- Togo está conectado com Burkina Faso e Níger
- O Níger está ligado ao Burkina Faso e à Nigéria
- Todos esses países compartilham o mesmo Sistema Aduaneiro, ASYCUDA.
Em junho de 2021, durante uma reunião da CEDEAO, Gana expressou seu desejo de se conectar com outros países. O primeiro país será a Costa do Marfim. Como os sistemas alfandegários de Gana são diferentes dos sistemas ASYCUDA, Gana precisou de algum desenvolvimento de TI para possibilitar as trocas eletrônicas. Uma reunião técnica de uma semana foi organizada em novembro de 2021 em Gana. A segunda reunião, uma reunião de especificação, foi realizada em Gana em abril de 2022.
Uma equipe da Alfândega de Gana é esperada em Abidjan na primeira semana de julho de 2022 para discutir algumas questões de texto técnico e jurídico e decidir por um cronograma de implementação. A conexão será lançada até o final de 2022.
A UEMOA Lança a Iniciativa de Medição do Desempenho das Fronteiras Terrestres com o apoio do Programa FCAO
No dia 11 de maio, a Comissão da União Económica e Monetária da África Ocidental (também conhecida pela sigla em francês, UEMOA), com o apoio do Programa de Facilitação do Comércio da África Ocidental (FCAO), lançou oficialmente a iniciativa
de medição do desempenho das fronteiras terrestres.. Este desenvolvimento faz parte dos esforços mais amplos de facilitação do comércio da Comissão para melhorar as
capacidades de monitorização do desempenho das agências que operam nas fronteiras terrestres na zona da UEMOA. Quando estiver plenamente operacional, a iniciativa apoiará as agências fronteiriças na deteção de estrangulamentos comerciais,
especialmente as questões enfrentadas nos pontos de passagem da fronteira que afetam a circulação de mercadorias, ao mesmo tempo que aumenta a transparência e a eficiência das suas operações.
A sessão virtual com a duração de um dia foi facilitada pelo apoio de peritos do Programa FCAO e reuniu um total de 47 intervenientes de sete dos Estados-Membros da UEMOA (Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Níger, Senegal e Togo) representando os Comités Nacionais de Facilitação do Comércio (NTFC), as Alfândegas e as associações de transportes. Vários ministérios governamentais — incluindo do Comércio. Transportes e Agricultura — também participaram no evento.
Este workshop foi formalmente aberto com uma declaração de boas-vindas do Comissário da UEMOA responsável pelo Mercado Regional e Cooperação, Prof. Filiga Michel Sawadogo e observações introdutórias da Diretora de Comércio da UEMOA,
Sra. Rose Kabran.
O objetivo do workshop era:
- Apresentar a matriz e os elementos técnicos aos intervenientes dos Estados Membros da UEMOA;
- Desenvolver a capacidade dos participantes na área da medição do desempenho;
- Conceber uma matriz provisória para a medição do desempenho; e
- Acordar um plano de ação para agendar os próximos passos.
Durante as sessões técnicas, os participantes discutiram os objetivos, resultados, atividades, calendário para a implementação e modalidades da iniciativa Foram também feitas apresentações centradas na medição do desempenho, particularmente na formulação dos objetivos, na definição de indicadores objetivamente verificáveis (tais como o tempo para o desalfandegamento, e o nível de satisfação dos utilizadores/clientes), e na identificação de fontes para a verificação. Seguiu-se a conceção preliminar da matriz de medição do desempenho das fronteiras terrestres da UEMOA na área da facilitação do comércio pelos participantes, que também acordaram num plano de ação baseado no consenso para orientar os esforços da iniciativa nos próximos meses.
De um modo geral, o seminário foi bem recebido e os participantes elogiaram os esforços da Comissão da UEMOA e do Programa FCAO em relação à realização e resultados do workshop. Como próximos passos, os participantes recomendaram a realização de dois workshops virtuais para dar seguimento à conceção da matriz de medição do desempenho, que será complementada por um workshop no local antes do final do terceiro trimestre de 2022.
Desde o lançamento do Programa FCAO, a UEMOA tem apoiado a CEDEAO como copresidente do Comité Diretor, fornecendo supervisão estratégica e orientação ao programa.
FICHA DE INFORMAÇÃO: Realizações - chave do Programa FCAO
O Programa de Facilitação do Comércio da África Ocidental (FCAO) publicou recentemente uma Ficha de Informação sobre os Impactos (em inglês, francês, e português) com os principais destaques desde o início do programa em 2018.
Além de exemplos de como o programa, com o apoio de organismos regionais e outros parceiros de desenvolvimento, está a fazer a diferença em toda a África Ocidental, o documento destaca o impacto transformador ao nível dos países e dos corredores para as medidas e reformas para a facilitação do comércio.
Os principais marcos apoiados pelo programa incluem:
- Lançamento do Comité Regional de Facilitação do Comércio da CEDEAO para facilitar a coordenação do Comité Nacional de Facilitação do Comércio (NTFC) em toda a África Ocidental.
- Criação de cinco subcomités do NTFC para o comércio e o género - no Burkina Faso, Costa do Marfim, Gana, Níger e Nigéria - para integrarem o género nas agendas comerciais nacionais.
- Cumprimento pelos Estados Membros da CEDEAO das suas obrigações no âmbito do Acordo de Facilitação do Comércio (TFA) da Organização Mundial do Comércio. A adesão ao TFA ajudará a reduzir o custo global e o tempo necessário para o comércio em toda a região.
- Lançamento e operacionalização do Sistema de Gestão de Mercadorias em Trânsito (SIGMAT), um sistema informático concebido para ligar os sistemas aduaneiros em toda a região, permitindo fazer uma partilha e um processamento transparente e eficiente das informações sobre a carga entre os países.
- Apoio ao reforço das medidas sanitárias e fitossanitárias a nível nacional pela introdução e implantação de certificados fitossanitários eletrónicos (ePhyto), uma solução sem papel desenvolvida para facilitar o comércio seguro e eficiente.
- Várias avaliações de comerciantes transfronteiriços de pequena dimensão para construir evidências sobre o comércio e o género na África Ocidental. Os resultados ajudarão a enfrentar os principais desafios à facilitação do comércio que afetam as mulheres comerciantes em pequena escala ao longo do corredor, tais como o acesso aos mercados e os incómodos procedimentos aduaneiros e fronteiriços.
Olhando para o futuro, o Programa FCAO continua empenhado em apoiar os parceiros no sentido de terem intervenções de facilitação do comércio inclusivas, direcionadas, e escaláveis.
Clique aqui para ver mais realizações na ficha de informação sobre os impactos
Programa FCAO lança um novo vídeo sobre os NTFCs na África Ocidental
Recentemente, o Programa de Facilitação do Comércio da África Ocidental (FCAO) e os parceiros de implementação produziram um pequeno vídeo que dá uma visão geral de alto nível dos Comités Nacionais de Facilitação do Comércio (NTFCs), explicando o que são e porque são uma parte importante da facilitação do comércio.
Na África Ocidental, o comércio continua a ser uma importante fonte de crescimento para a maioria dos países, contudo as transações comerciais são frequentemente muito complicadas devido a barreiras não-tarifárias, incluindo procedimentos aduaneiros onerosos, infraestruturas deficientes, e regras e regulamentos comerciais inadequados ou pouco claros. O vídeo realça o papel dos NTFCs como plataformas-chave multi-interveniente estabelecidas para defender medidas de facilitação do comércio. Ao reforçar a colaboração e coordenação interagências, os NTFCs ajudam a eliminar a complexidade e duplicação de esforços, o que reduz significativamente o tempo e os custos relacionados com o comércio.
O programa FCAO está a capacitar os NTFCs em toda a África Ocidental para que alcancem resultados mais eficazes e inovadores na política de facilitação do comércio ao nível nacional, ao mesmo tempo que contribui para uma integração regional mais forte através de plataformas como o Comité Regional de Facilitação do Comércio da CEDEAO.
Veja o vídeo para saber mais sobre os NTFCs e a facilitação do comércio na África Ocidental
A GIZ organiza um workshop estratégico no Senegal
A GIZ organizou, de 26 a 28 de abril, um workshop de formação de equipas e estratégias em Saly, Senegal, para debater os objetivos estratégicos do programa e, ao mesmo tempo, ajudar a equipa a desenvolver uma visão e compreensão partilhada. Trabalhando sob o tema “O poder do alinhamento - Gerir com êxito a qualidade e a mudança”, o evento foi concebido para trocar lições aprendidas, desde conhecimentos técnicos ao know-how organizacional. Especificamente, a formação propôsse atingir os seguintes objetivos:
- Identificar formas eficazes de levar o programa a bom termo;
- Discutir diversos cenários para o futuro e os impactos na implementação do programa;
- Explorar formas de reforçar potenciais parcerias com parceiros internos/externos e partes interessadas;
- Construir uma forte cultura baseada no espírito de equipa internacional, interfuncional e transversal às hierarquias; e
- Planear os passos seguintes.
O workshop começou com um discurso de boas-vindas e uma visão geral introdutória pela Chefe da componente da GIZ do Programa FCAO, a Sra. Barbara Rippel. Seguiu-se uma sessão produtiva em vários grupos sobre as expectativas individuais e
de grupo, que estimulou discussões centradas nos pontos fortes e fracos do programa. Os participantes foram encorajados a partilharem as suas próprias realizações pessoais e também destacaram alguns sucessos do programa, incluindo:
- Melhoramento da coordenação entre os Estados-Membros em toda a CEDEAO;
- A adoção de diversos textos aduaneiros da CEDEAO;
- O estabelecimento do Comité Regional de Facilitação do Comércio da CEDEAO (RTFC);
- A implementação bem-sucedida do SIGMAT ao longo do corredor de Dakar-Bamako;
- O reforço do Sistema de Liberalização do Comércio (ETLS) e o desenvolvimento do website do ETLS; e
- Atividades de construção de capacidades para as alfândegas, administrações fiscais, e o sector privado.
No fim do workshop, os participantes trabalharam em conjunto para:
- Desenvolver princípios orientadores e ações cruciais para estratégias em diferentes cenários futuros;
- Definir o quadro de referência para o WATIP II;
- Desenvolver uma análise SWOT e de tendências, tendo em conta a estrutura, pessoal, colaborações e recursos existentes; e
- Desenvolver estratégias para dominar com sucesso os diferentes cenários, incluindo objetivos para a ampliação, indicadores/medidas e metas para o futuro.
Lançamentos do Comité Regional de Facilitação do Comércio
A 21 de fevereiro, a Comissão da CEDEAO lançou o Comité Regional de Facilitação do Comércio (RTFC). Este novo fórum - o primeiro deste tipo na África Ocidental - marca um marco importante para a facilitação do comércio na região. Em Junho de 2021, o acordo (Decisão C/DEC.1/6/21) para estabelecer e operacionalizar o RTFC foi estabelecido na octogésima sexta sessão ordinária do Conselho de Ministros da CEDEAO, num esforço para melhorar a facilitação do comércio nos Estados Membros da CEDEAO. O Programa de Facilitação do Comércio na África Ocidental (FCAO), apoia estes esforços e elogia a CEDEAO pelo lançamento deste fórum regional de referência.
O lançamento histórico foi marcado com uma cerimónia em Lomé, Togo, moderada pelo Sr. Kolawole Sofola, Diretor Interino para o Comércio da CEDEAO. Tand reuniu várias partes interessadas importantes, incluindo: S.Exa Sr. Kodjo Sévon-Tépé Adédzé, ministro do Comércio, Indústria e Consumo Local do Togo; Sr. Téi Konzi, Comissário da CEDEAO para o Comércio, Alfândegas e Livre Circulação de Pessoas; Sr. Philippe Kokou Tchodie, Comissário Geral da Receitas Públicas do Togo (OTR); e a Sra. Barbara Rippel, Chefe do Programa GIZ - FCAO.
Nas suas observações, S. Exa. Sr. Kodjo Sévon-Tépé Adédzé explicou que o novo comité foi concebido para reforçar as sinergias entre os organismos responsáveis pela facilitação ao nível do país. Também exortou os membros do novo RTFC a trabalharem para simplificar as exportações, importações e procedimentos de trânsito dentro e fora da região. Falando em nome da Sra. Rippel, o Sr. Kenneth Okoro, reiterou o compromisso do Programa FCAO de ajudar a CEDEAO a facilitar a circulação das mercadorias na região. Mais tarde, o representante do Programa FCAO, Bénédicte Meille, fez uma apresentação sobre o papel dos Comités Regionais de Facilitação do Comércio (RTFCs) na implementação da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), trazendo uma das principais áreas de foco do programa para o fórum do RTFC.
Depois do lançamento oficial, o comité iniciou a sua reunião inaugural, que teve lugar de 21 a 23 de Fevereiro. Foram feitas várias recomendações durante esta primeira reunião, incluindo: integração da aprendizagem entre os pares e da partilha de experiências nas operações do comité; desenvolver programas de sensibilização para várias iniciativas de Facilitação do Comércio em curso para garantir que as partes interessadas relevantes estejam informadas e posicionadas para desfrutar plenamente dos benefícios dessas iniciativas; e o reforço do envolvimento do setor privado na conceção, implementação e monitorização de políticas, iniciativas e instrumentos relacionados com o comércio. Mais adiante, o Comité Regional de Facilitação do Comércio (RTFC) servirá de plataforma para garantir a cooperação e coordenação entre os Estados membros da CEDEAO para a implementação harmonizada de reformas nacionais, regionais, continentais e de facilitação do comércio internacional.
O Programa FCAO Acolhe o Evento Lateral das Mulheres da ONU CSW66
No dia 14 de março, o Programa FCAO acolheu um evento paralelo na 66a Sessão da Comissão das Nações Unidas sobre o Status da Mulher (CSW66). O painel de discussão explorou questões na vanguarda da agenda comercial e do género, ao mesmo tempo que apresentou soluções inovadoras e transformadoras para construir a resiliência do setor privado às perturbações do mercado, com foco nos comerciantes da África Ocidental.
O evento foi moderado por Ewokolo Jeme, especialista em género e coordenador de formação para o Programa GIZ - FCAO (GIZ), que apresentou os principais membros do painel: Dr. Barbara Ky, Diretora do Centro de Género da UEMOA; Jailson da Luz Costa, Especialista em Informática e Interconectividade Aduaneira da GIZ - CEDEAO; Christel Annequin, Consultora para a Facilitação de Transportes e Logística do Programa FCAO (Banco Mundial); e Carine Yemitia, Agente Regional Sénior de Aprovisionamento do IFAD / Diretora das Mulheres na Logística e Transporte (WiLAT) na Costa do Marfim. O evento foi realizado virtualmente via ZOOM, e reuniu mais de 80 participantes e partes interessadas de todo o mundo.
Durante a sessão, os membros do painel revelaram os desafios relacionados com a pandemia, enfrentados pelos pequenos comerciantes transfronteiriços (PCTFs) em toda a região. A grande maioria, até 70 a 80 porcento, dos pequenos comerciantes africanos são do sexo feminino. As mulheres representam uma grande parte do setor privado e foram particularmente afetadas pela COVID-19, que afeta desproporcionalmente as mulheres e aprofunda as desigualdades existentes na região.
Ao longo do evento, os membros do painel realçaram a importância da digitalização a nível nacional e regional. O comércio digital tem potencial para melhorar a eficiência, o custo e a transparência do comércio transfronteiriço. Ao mesmo tempo, a digitalização pode ajudar a resolver as limitações enfrentadas pelas mulheres comerciantes. Como exemplo, o Sr. Jailson da Luz Costa destacou a missão da CEDEAO de simplificar e automatizar os procedimentos em toda a região: “Para apoiar os comerciantes e reduzir os atrasos nas fronteiras, a CEDEAO introduziu e adotou a Lei Complementar de Trânsito, uma ferramenta eletrónica destinada a facilitar a circulação de mercadorias”.
A Dra. Ky acrescentou que é necessário um investimento adicional para a digitalização, para que esta possa beneficiar as mulheres comerciantes. Destacou ainda a necessidade de dar capacidades e formação às mulheres comerciantes que permitam que estas tirem o máximo proveito das ferramentas e plataformas digitais. No que diz respeito às alfândegas, a Sra. Carine Yemitia disse que as administrações aduaneiras devem continuar a abraçar a transformação digital, afim de moldar as cadeias de abastecimento inteligentes do futuro. Automatização dos procedimentos aduaneiros é fundamental para simplificar o comércio, permitindo menos contacto físico presencial, reduzindo o tempo e os custos do desalfandegamento, e permitindo um comércio transfronteiriço mais seguro.
À medida que a conversa continuava, os oradores descreveram as ações concretas que podem proteger as mulheres comerciantes e construir a sua resiliência a futuras interrupções dos negócios. Por exemplo, a Sra. Christel Annequin destacou os esforços do Programa de Facilitação do Comércio na África
“Para apoiar os comerciantes e reduzir os atrasos nas fronteiras, a CEDEAO introduziu e adotou a Lei Suplementar de Trânsito, uma ferramenta eletrônica destinada a facilitar a circulação de mercadorias.”
- Jailson da Luz Costa (GIZ - CEDEAO)Ocidental (FCAO) para simplificar o comércio em pequena escala através do sistema de grupagem, uma forma económica dos comerciantes agruparem as suas mercadorias e de as enviarem através das fronteiras como grupos. Este mecanismo não só facilita o comércio seguro, mas poupa dinheiro aos comerciantes e diminui o número total de veículos na estrada a cada dia, ajudando assim o meio ambiente.
Antes do encerramento da sessão, os membros do painel destacaram algumas estratégias abrangentes - como a melhoria do acesso das mulheres à informação relacionada com o comércio - que podem elevar o status das mulheres comerciantes e as mulheres que trabalham nas administrações aduaneiras. Como revelado durante a discussão, este é outro passo importante para lidar com os obstáculos enfrentados pelas mulheres na região.
A CEDEAO Acolhe um Workshop sobre os Dados-Espelhados para a Análise de Risco
O Programa de Facilitação do Comércio na África Ocidental (FCAO) ministrou recentemente workshops virtuais de desenvolvimento de capacidades sobre a utilização de dados-espelhados para as Administrações Aduaneiras nos quatro Estados Membros piloto do Projeto de Operacionalização da Lei Complementar sobre Cooperação Aduaneira Regional da CEDEAO: Costa do Marfim, Burkina Faso, Níger. Estes workshops fizeram parte do Projeto de Operacionalização da Lei Adicional A/SA.6/12/18 de 22 de Dezembro de 2018, relativa à assistência mútua e cooperação aduaneira e em conformidade com o Plano de Ação validado por cada Estado Membro piloto.
Durante os workshops, os participantes ficaram a saber quais são as áreas importantes para a troca de dados- espelhados e gestão de risco, incluindo:
- Método e contribuição da análise dos dados-espelhados macroeconómicos sobre comércio externo;
- Gestão de risco e seletividade aduaneira, com foco no controlo a posteriori (um meio eficaz de otimizar os controlos
aduaneiros e agilizar o desalfandegamento das mercadorias); e
Desenvolvimento e implementação de um mecanismo de intercâmbio e reconciliação de dados estatísticos de transações-
espelho entre os gabinetes de fronteira dos Estados-Membros piloto do projeto.
Os workshops constituíram uma oportunidade para apresentar casos específicos de cada Estado-Membro. Estas apresentações foram baseadas nos dados disponíveis recolhidos em bases de dados estatísticos do comércio internacional e na metodologia de interpretação e processamento das discrepâncias estatísticas detetadas através da análise de dados-espelhados. Além disso, os workshops proporcionaram uma oportunidade para discutir acordos para o intercâmbio de dados estatísticos espelhados sobre o comércio externo e informações transacionais sobre o comércio transfronteiriço a nível local, (entre escritórios e postos aduaneiros nas fronteiras) e a nível nacional, de uma forma sistemática no quadro da estratégia de cooperação aduaneira.
Como passo seguinte, o projeto está a trabalhar no sentido de implementar o intercâmbio de dados estatísticos espelhados a nível nacional e entre os gabinetes de fronteira dos Estados-Membros-piloto.
O Programa FCAO tem como objetivo criar uma comunidade de confiança entre comerciantes e os agentes aduaneiros
O Programa FCAO começou a recrutar um facilitador para desenvolver uma plataforma inovadora de formação comportamental e de diálogo que irá construir a consciência dos pequenos comerciantes transfronteiriços (PCTFs) sobre as regras e regulamentos comerciais. Ao mesmo tempo, essa plataforma facilitará o diálogo para construir a confiança e fortalecer as comunicações dos PCTFs com as autoridades aduaneiras.
Estes esforços baseiam-se no Mapeamento da Associação de Comerciantes do Programa FCAO realizado em 2020 e na Avaliação das Necessidades de Capacitação concluída em 2021. A Avaliação das Necessidades do Desenvolvimento de Capacidades identificou um conhecimento muito limitado das regras e regulamentos por parte dos comerciantes, sendo o melhoramento desta situação uma necessidade fundamental na região. Para responder a esta necessidade, o Programa FCAO dará formação aos PCTFs centrada tanto no conteúdo técnico (por exemplo, regras e regulamentos comerciais nacionais e regionais, assim como direitos e obrigações dos comerciantes) como comportamental (por exemplo, comunicações, confiança, persistência e resiliência).
Além disso, o Programa FCAO promoverá um diálogo mais forte com as autoridades fronteiriças para catalisar uma mudança cultural mais ampla - incentivando uma mudança de relações essencialmente adversas para relações mais colaborativas. Isto incluirá a defesa de que as alfândegas adotem, como parte do seu mandato, comunicações proativas sobre a evolução das regras e regulamentos comerciais, bem como ações de apoio ao cumprimento voluntário por parte dos comerciantes.
Em fevereiro, o Programa FCAO começou a recrutar facilitadores de formação experientes nos seus nove países focais. Estes facilitadores serão um componente crítico da equipa de conceção e execução da formação. Os candidatos não têm que ser especialistas em comércio transfronteiriço, mas devem trazer uma experiência comprovada utilizando métodos participativos (tais como dramatização / teatro comunitário / estudos de caso ou experiência em formação comportamental a participantes rurais, especialmente mulheres, com educação e/ou alfabetização limitadas).
Os facilitadores recrutados ajudarão a conceber o currículo de formação e um plano de implementação que utiliza uma abordagem faseada, na qual o currículo terá início em 2022, sendo depois aperfeiçoado e replicado noutros países.
Está atualmente em curso a seleção dos países-piloto, que será baseada em:
- Relações existentes do Programa FCAO com as autoridades aduaneiras do país;
- As autoridades aduaneiras demonstraram recetividade à mudança cultural prevista pelo Programa FCAO;
- A disponibilidade de candidatos a facilitadores de formação qualificados no país; e
- Compatibilidade com os planos de trabalho existentes do Programa FCAO para os corredores.
O recrutamento de facilitadores de formação está em curso nos nove países, e os candidatos interessados devem enviar as candidaturas para tcubbins@worldbank.org
Reunião do Comité de Facilitação do Comércio interdepartamental da CEDEAO
A 18 de Fevereiro, o Comité de Facilitação do Comércio interdepartamental da Comissão da CEDEAO reuniu- se virtualmente para discutir as seguintes iniciativas em curso:
- Estratégia regional de facilitação do comércio e dos transportes
- Política e estratégia regional da CEDEAO em matéria de barreiras não-tarifárias
- Desenvolvimento da resposta regional à COVID-19 da CEDEAO (componente comercial)
- Preparação para o lançamento e primeira reunião do Comité Regional de Facilitação do Comércio da CEDEAO
As direções representadas incluíam: Comércio, Livre Circulação, Transporte, Jurídico, Comunicação, Indústria e Setor Privado. O Comité destacou a necessidade de programas de desenvolvimento de capacidades em torno de iniciativas de facilitação do comércio para garantir que as partes interessadas estejam adequadamente equipadas e posicionadas para empreender a implementação de forma eficiente e eficaz.
A CEDEAO e a GIZ fizeram um Workshop sobre o Protótipo Móvel SIGMAT
A introdução do Sistema de Informação de Trânsito Aduaneiro da CEDEAO (SIGMAT) é um grande salto em frente para a comunidade comercial da África Ocidental. Uma vez adotado pelos Estados-Membros da CEDEAO, o sistema móvel modernizado deverá facilitar o intercâmbio sem descontinuidades de dados do comércio transfronteiriço em tempo real, eletrónico/ automatizado, entre as administrações aduaneiras. A partilha de dados em tempo real deve minimizar os custos administrativos para a comunidade empresarial e facilitar o comércio mais rápido e mais barato.
A CEDEAO, em colaboração com a GIZ, organizou um seminário regional de validação com a duração de três dias em Abidjan para apresentar o protótipo do sistema móvel aos Estados Membros para que estes o venham a adotar. Entre os participantes encontravam-se os chefes das administrações aduaneiras do Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gana, Gâmbia, Libéria, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo, assim como representantes da CEDEAO e da GIZ.
O evento contou com uma sessão técnica para avaliar as funcionalidades, caraterísticas e requisitos do protótipo. Com o objetivo da sua adoção em toda a região, a sessão também incentivou recomendações de melhorias. No final, o workshop validou o sistema protótipo, o que permite que o projeto passe para a fase seguinte com programadores formados pela CEDEAO. A integração, teste, validação e apresentação começarão no início de 2022.
Reunião dos Comités da CEDEAO e UEMOA sobre a Gestão da União das Alfândegas da CEDEAO
Nos dias 8 a 10 de novembro, teve lugar a quarta reunião dos Comités conjuntos da CEDEAO e UEMOA sobre a Gestão da União das Alfândegas da CEDEAO, no Gana com o apoio do Programa FCAO. Peritos de 13 Estados Membros, e da República Islâmica da Mauritânia (com base no acordo de associação com a CEDEAO), da Comissão da CEDEAO e da GIZ participaram nas reuniões.
O Sr. Benjamin Ayesu-Kwafo, representante do Ministério das Finanças do Gana; Sr. Tei Konzi, o Comissário para o Comércio, Alfândegas e Livre Circulação da CEDEAO; e a Sra. Rosemond Ako Asante, representante da GIZ e ponto focal do Programa de Facilitação do Comércio da África Ocidental, abriram a reunião. Durante a sessão de dois dias, os especialistas e outras partes interessadas principais analisaram e discutiram:
- O estado das recomendações feitas durante a terceira reunião conjunta dos Comités da CEDEAO e UEMOA sobre a Gestão da União das Alfândegas da CEDEAO; e
- O projeto de regulamentação sobre o Sistema Harmonizado (SH) para estabelecer a base legal para a migração da Tarifa Externa Comum da CEDEAO (CET) do SH 2017 para a versão mais recente da nomenclatura.
O SH é uma nomenclatura de produtos internacional polivalente desenvolvida e gerida pela Organização Mundial das Alfândegas no âmbito da Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Descrição e Codificação de Mercadorias. De acordo com o ciclo de revisão quinquenal da nomenclatura do SH, a próxima edição do SH entrará em vigor no dia 1 de janeiro de 2022.
Este processo de revisão visa permitir que a nomenclatura integre os avanços tecnológicos, mudanças nos padrões comerciais, considerações ambientais e outras questões de interesse global, assegurando assim a relevância contínua do SH num mundo em rápida mudança. É também de salientar que uma atualização permitirá que a Comunidade racionalize a sua oferta de tarifas ao abrigo do Acordo de Comércio Livre do Continente Africano.
Após uma deliberação cuidadosa sobre o projeto de regulamento, os seus impactos e a sua relevância para a implementação sem descontinuidades da CET na Comunidade, os peritos dos Estados Membros da CEDEAO e, subsequentemente, os Diretores Gerais das Alfândegas, validaram o regulamento.
Os Diretores Gerais das Alfândegas da CEDEAO Discutem a Taxa Comunitária da CEDEAO e a União Aduaneira da CEDEAO
No dia 11 de Novembro, a Sexta Reunião dos Diretores Gerais (DGs) das Alfândegas dos Estados membros da CEDEAO teve lugar para discutir a taxa comunitária da CEDEAO e a consolidação da União Aduaneira da CEDEAO. Teve lugar no Gana e estiveram presentes os peritos de 13 Estados Membros, e da República Islâmica da Mauritânia (com base no acordo de associação com a CEDEAO), da Comissão da CEDEAO, o Gabinete do Auditor Geral das Instituições da CEDEAO, o Presidente do Parlamento da Comunidade e a Giz.
Os discursos de abertura foram proferidos pelo Col. Kwadwo Damoah (Ref ), o Comissário da Alfândega da República do Gana; a Sra. Katja Lasseur, Chefe Adjunta de Missão na Embaixada do Reino dos Países Baixos no Gana; a Sra. Alima AHMED, Comissária das Finanças da CEDEAO; e o Sr. Tei Kozi, a Comissário para o Comércio, Alfândega e Livre Circulação da CEDEAO. No seu discurso de abertura, a Comissão da CEDEAO, representada pelo Sr. Kozi, realçou a importância da reunião e destacou as questões prementes relacionadas com as finanças da Comunidade e da sua união aduaneira. Agradeceu também à União Europeia (UE), ao Governo da República Federal da Alemanha e à GIZ o seu apoio financeiro e técnico para a consolidação da União Aduaneira da CEDEAO.
Durante a sessão, as DGs das Alfândegas e outras partes interessadas analisaram e examinaram:
- O estado das recomendações feitas durante a quinta reunião das DGs;
- O relatório sobre a Taxa Comunitária da CEDEAO;
- O relatório da quarta reunião dos Comités conjuntos da CEDEAO e UEMOA sobre a Gestão da União das Alfândegas da CEDEAO;
- O estado de implementação do sistema interligado para a gestão de mercadorias em trânsito (SIGMAT); e
- Os textos do projeto sobre a consolidação da União das Alfândegas da CEDEAO.
Após deliberações sobre os vários relatórios e projetos de textos, as Dgs validaram oito documentos destinados à consolidação da União Aduaneira da CEDEAO:
- iProjeto de Lei Suplementar sobre a Taxa Comunitária da CEDEAO;
- Projeto de regulamentação sobre a definição da lista de categorias de mercadorias contidas na Nomenclatura Pautal e Estatística da CEDEAO com base na versão de 2022 da nomenclatura do Sistema Harmonizado;
- Projeto de Lei Suplementar sobre o Transito Comunitário da CEDEAO;
- Projeto de regulamentação relativo às modalidades adicionais para a aplicação e gestão das decisões, incluindo decisões prévias, relacionadas com a implementação da regulamentação aduaneira comunitária;
- Projeto de regulamentação relativo à determinação do regime comunitário dos direitos aduaneiros na região da CEDEAO;
- Projeto de regulamentação sobre os procedimentos de reconhecimento e certificação da origem dos produtos dos Estados membros da CEDEAO;
- Projeto de Regulamentação sobre a determinação dos componentes do preço à saída da fábrica e o valor dos materiais não-originários; e
- Projeto de regulamentação relativo às modalidades de funcionamento do mecanismo de garantia de trânsito comunitário da CEDEAO.
Os textos e relatórios validados foram anexados ao relatório da reunião e submetidos aos Ministros das Finanças para posterior validação.
A CEDEAO faz o seu workshop para fortalecer as administrações aduaneiras através do intercâmbio de dados espelhados através das fronteiras regionais
Em 2018, os estados membros da CEDEAO (Mss) adotaram a Lei Adicional A/SA.6/12/18 de 22 de dezembro de 2018, que se centra na assistência mútua e cooperação entre as administrações aduaneiras dos Mss - abrangendo a colaboração entre os Mss e a Comissão relacionada com questões aduaneiras. Para promover e acelerar a implementação desta Lei Adicional, um Manual de Procedimentos foi revisto e validado por especialistas dos Mss. Na mesma linha - e com uma firme determinação de reforçar a cooperação entre as administrações aduaneiras - a Comissão da CEDEAO, com financiamento do Programa FCAO, encomendou um estudo para operacionalizar a assistência administrativa mútua e a troca de informações, como previsto na Lei Complementar. O estudo tem como objetivo permitir que essas administrações combatam os delitos aduaneiros e o crime organizado transnacional de forma concertada e eficiente, promovendo ao mesmo tempo a liberalização do comércio intracomunitário com a livre circulação de bens e pessoas na área.
Para esse efeito, a Comissão da CEDEAO, em parceria com o Programa FCAO, iniciou uma experiência piloto em quatro Mss (Burkina Faso, Costa do Marfim, Níger e Nigéria). Estes países foram selecionados para a operacionalização da componente “cooperação e intercâmbio de informações entre as administrações aduaneiras”, da Lei Complementar, apoiada pelo seu Manual de Procedimentos. Este projeto-piloto já está a decorrer de uma forma gradual, em diferentes ambientes de cooperação aduaneira, a fim de tirar as lições necessárias para preparar a sua implementação a nível regional.
A implementação do projeto-piloto aborda áreas relevantes da Lei Complementar, incluindo:
- Cooperação e troca de informações nos postos de controlo transfronteiriços, nos gabinetes funcionais e nas sedes das Alfândegas;
- Facilitação do comércio transfronteiriço; e
- Ação regional concertada contra a fraude e a criminalidade transfronteiriça.
Em outubro, os diretores gerais das administrações aduaneiras dos quatro Mss selecionados realizaram um workshop para validar e confirmar o seu compromisso com a operacionalização da Lei Adicional. Posteriormente, foi elaborado e validado por cada Mss um plano de ação prioritário para a implementação efetiva das atividades de assistência estratégica a implementar a nível nacional ou bilateral.
Uma das atividades propostas é a conceção, desenvolvimento e implementação operacional de um mecanismo harmonizado e normalizado com as suas modalidades práticas para o intercâmbio e reconciliação de dados estatísticos espelhados transacionais a nível local entre os gabinetes nas fronteiras. Com estatísticas espelhadas, as administrações aduaneiras podem resolver discrepâncias estatísticas e melhorar a sua análise de risco e deteção de fraude. De um modo ideal, as declarações de exportação registadas, do Burkina Faso e da Costa do Marfim deveriam, por exemplo, refletir as declarações de importação registadas do Burkina Faso para a Costa do Marfim, mas estas poderão não corresponder em princípio.
Para atingir os seus objetivos, será feito um workshop virtual bilateral com as duas administrações aduaneiras e as equipas técnicas da FCAO para alinhar as respetivas propostas e estabelecer uma especificação conjunta e comum do mecanismo de estatísticas espelhadas a desenvolver e implementar, assim como o início da implementação operacional entre os gabinetes nas fronteiras.
O Programa FCAO tem um Painel no Fórum Público da OMC
No dia 3 de Setembro, o Programa FCAO acolheu um painel de alto nível no Fórum Público da OMC 2021 para explorar o impacto da COVID-19 nos comerciantes de pequena escala na África Ocidental. A sessão também examinou como a facilitação do comércio transfronteiriço e a reforma política podem promover a capacitação económica na região.
A sessão foi presidida por Maiko Miyake, Diretor de Programas da FCAO, que deu as boas-vindas a distintos oradores, incluindo: Sr. Kola Sofola, Diretor do Comércio em funções do CEDEAO; Sra. Rose Tiemoko, Diretora do Comércio da UEMOA; Sr. Ken Ukaoha, Presidente da Associação Nacional dos Comerciantes Nigerianos; e Sra. Khady Fall Tall, Presidente da Associação das Mulheres da Africa Ocidental.
Durante a sessão, o Sr. Kola Sofola destacou o impacto imediato e disruptivo que a COVID-19 teve nas cadeias de abastecimento. As medidas de contenção e o encerramento de fronteiras tiveram efeitos adversos nos mercados financeiros, na produção, no consumo e
na confiança dos investidores. Disse: “Os resultados de um estudo recente realizado através do Programa FCAO revelam que, como resultado do encerramento das fronteiras e das
restrições à mobilidade, as receitas comerciais diminuíram significativamente devido a um
colapso da procura”. O estudo concluiu que 42% dos comerciantes inquiridos registaram uma
redução das suas receitas superior a 50%. Estas reduções foram mais sentidas pelos comerciantes do Benin, Costa do Marfim e Níger.
Mais tarde na discussão, os participantes do painel destacaram as graves consequências da pandemia para as mulheres comerciantes em pequena escala. Os oradores realçaram necessidade dos governos fazerem esforços concertados para abordar as questões que afetam as suas operações comerciais - incluindo a corrupção e o assédio - prestando serviços de apoio e orientação para facilitar a circulação através das fronteiras.
O Dr. Ken Ukaoha acrescentou que o encerramento das fronteiras atrasou a produção, aumentou os custos das mercadorias e do transporte e levou a um aumento do comércio eletrónico. Mencionou que a maioria dos comerciantes lutou para se ajustar a esta nova forma de trabalho devido a desafios históricos, tais como capacidades digitais deficientes e serviços de banda larga caros. Apesar das barreiras, reconheceu o potencial do comércio eletrónico como parte estratégica da facilitação do comércio pós-COVID na África Ocidental. Depois de destacar os benefícios do comércio eletrónico para reforçar o comércio, apelou aos governos para que melhorassem a infraestrutura digital e comercial e que criassem a capacidade digital para as mulheres comerciantes.
A discussão destacou estas e outras táticas potenciais para melhorar o comércio e a facilitação do comércio na região. Ao destacar os desafios e possíveis soluções para as questões que limitam o comércio da África Ocidental, o Programa FCAO espera criar uma consciencialização, em última análise, ação. O Programa FCAO continuará a envolver as partes interessadas globais e a lançar luz sobre estas importantes questões.
A SIGMAT-RAIL lança uma ligação entre a Costa do Marfim e o Burkina Faso
O Programa FCAO implementou com sucesso o elemento ferroviário do Sistema de Gestão de Bens em Trânsito, chamado SIGMAT, no Burkina Faso e na Costa do Marfim. O SIGMAT foi concebido para ligar os sistemas aduaneiros, permitindo a partilha e processamento eficientes de informações sobre carga entre países. O Burkina Faso e a Costa do Marfim são as duas mais recentes nações a beneficiar desta melhoria tecnológica.
O SIGMAT para o caminho-de-ferro foi oficialmente lançado em Abidjan a 22 de junho de 2021, com a presença dos diretores gerais da Alfândega de Burkina Faso, Costa do Marfim e Níger. O Ministro do Orçamento da Costa do Marfim presidiu à cerimónia, durante a qual os representantes do Burkina Faso e da Costa do Marfim assinaram o acordo oficial.
Para facilitar e incentivar esta reforma, o Programa FCAO realizou diversas atividades:
- Recrutou a UNCTAD (parceiro técnico), para fazer o desenvolvimento da plataforma
- Prestou uma assistência concreta para organizar reuniões técnicas entre a OMA, UNCTAD, SITARAIL e as agências
- aduaneiras de ambos os países; estas reuniões conduziram à criação de um plano de trabalho, um quadro normativo legal, um guia do utilizador e sessões de teste.
- O lançamento do SIGMAT marca uma posição importante para ambos os países, e para a região em geral. Esta reforma terá um grande impacto no comércio, reduzindo o tempo necessário para que as mercadorias viajem através do corredor Abidjan- Ouagadougou e, ao mesmo tempo, permite um ambiente de negócios favorável. Esta ligação ferroviária complementa a iniciativa rodoviária SIGMAT, implementada por um projeto comercial anterior da IFC (IFTWA, financiado pela União Europeia e pelo projeto de empréstimos do Banco Mundial, PAMOSET)
SSCBT Workshops de Socialização sobre o Levantamento e Relatório de Avaliação do Género no Gana e na Nigéria
Como continuação da série de workshops regionais da SSCBT Socialização sobre o Levantamento e Relatório de Avaliação do Género, o Programa FCAO realizou workshops no Gana e na Nigéria. Os workshops apresentaram os resultados do inquérito da SSCBT e o relatório de avaliação sobre o género - duas importantes e significativas peças de investigação para o espaço comercial da África Ocidental. Os workshops também proporcionaram uma oportunidade para discutir o Modelo de Maturidade da FCAO, uma ferramenta projetada para avaliar o nível de maturidade dos Comités Nacionais de Facilitação do Comércio (NTFCs) e informar os planos de ação dos NTFCs adequados baseados em resultados, e para encorajar a monitorização efetiva do progresso em resposta aos compromissos internacionais e continentais relacionados com a facilitação do comércio em cada país.
A sessão com a duração de dois dias decorreu de 15 a 16 de Julho e foi realizada virtualmente. Participaram nos workshops várias partes interessadas representando as Alfândegas, a Organização de Normalização, a Agência Nacional Nigeriana para a Administração e Controlo de Alimentos e Drogas (NAFDAC) e outras agências fronteiriças. Também participaram váriosministérios do governo - incluindo do comércio, agricultura, assuntos das mulheres e comités de facilitação do comércio do estado, e associações representando as PMEs, expedidores e mu
Após a revisão dos resultados e recomendações do relatório, o NTFC nigeriano solicitou ao Programa FCAO que apoiasse a implementação das ações recomendadas no seu trabalho. Especificamente, o NTFC solicitou a inclusão da integração da perspetiva de género na política comercial, a melhoria do acesso ao financiamento para os comerciantes, a implementação de intervenções para reduzir o assédio na fronteira e a consciencialização dos direitos e benefícios da SSCBT. Além disso, o NTFC solicitou apoio para a capacitação dos recém-estabelecidos comités de facilitação do comércio do estado nigeriano (reportando ao NTFC e aos governadores dos estados), bem como sessões de fortalecimento da capacidade de gestão do risco e outras áreas. O evento também foi bem recebido pelos participantes no Gana.
Implementação da e-Phyto no Burkina Faso e na Costa do Marfim
Após uma missão de diagnóstico de gestão de risco bem-sucedida em Março de 2020, foi elaborado e aprovado pelo governo da Costa do Marfim um relatório de diagnóstico sobre as medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS) e um plano de ação detalhado. O plano de ação foi preparado com um enfoque na gestão do risco para soluções SPS e e-Phyto para agilizar o comércio.
Na sequência de um pedido oficial de apoio do governo da Costa do Marfim, a equipa da FCAO começou a prestar assistência técnica. A reunião oficial de lançamento teve lugar a 24 de fevereiro entre o Ministério da Agricultura, o Programa FCAO e o GUCE (plataforma de janela única da Costa do Marfim). Após o arranque, foram organizadas várias reuniões com as partes interessadas (GUCE-CI, Ministério da Agricultura e Alfândegas) para verificar os procedimentos e o nível de envolvimento de cada parte interessada. Além disso, era importante verificar se cada um dos procedimentos existentes poderia ser desmaterializado. As partes interessadas foram convidadas a preencher a descrição dos procedimentos, dificuldades, prazos de entrega e custos (se existirem).
Qual é a solução e-Phyto?
Os certificados fitossanitários são um dos muitos documentos comerciaisnecessáriosparaacirculaçãodemercadoriasagrícolas. Em 2016, a Convenção Fitossanitária Internacional (CFI) trabalhou com outras agências internacionais de desenvolvimento - incluindo o Grupo do Banco Mundial - para desenvolver uma solução internacional para fazer avançar a transição do papel para os certificados eletrónicos. O sistema é referido como a Solução e-Phyto e é composto por três componentes:
- Um protocolo de mensagens normalizado para definir e harmonizar os certificados fitossanitários em formato eletrónico. O certificado fitossanitário eletrónico é referido como o“e-Phyto”;
- Um“hub” ou servidor de trocas centralizado que permite que os países se liguem online para a troca de e-Phytos; e
- Um Sistema Nacional Genérico e-Phyto (GeNS) ou um sistema baseado na nuvem que permite que os países sem infraestruturas técnicas criem, enviem e recebam e-Phytos.
25 de agosto foi organizado um webinar para ajudar o Ministério da Agricultura da Costa do Marfim a aprender com as experiências dos outros países que implementaram com sucesso o e-Phytos. O webinar reuniu especialistas do Secretariado da Convenção Fitossanitária Internacional (CFI), representantes de agências reguladoras do Quénia e do Uganda, que falaram sobre as suas experiências na implementação do e-Phyto e representantes dos sectores dos cereais, sementes e agricultura para oferecerem uma perspetiva.
A implementação do e-Phyto tanto pelos países em desenvolvimento como pelos países desenvolvidos melhora significativamente a segurança, a eficiência, a transparência e a previsibilidade do comércio agrícola transfronteiriço. A implementação eficaz e sustentável do e-Phyto requer equipamentos no país, legislação para usar certificados eletrónicos, estratégias para a governação de recursos técnicos e operacionais, o estabelecimento de estruturas operacionais, o desenvolvimento de mecanismos de recuperação de custos e um compromisso de longo prazo com a manutenção contínua da infraestrutura.
Terceira reunião do Comité Nacional de acompanhamento para a melhoria da competitividade do corredor Dakar-Bamako
A terceira reunião do Comité Nacional de acompanhamento para a melhoria da competitividade do corredor Dakar- Bamako teve lugar no dia 27 de agosto de 2021. A reunião foi presidida pelo Chefe da Unidade Técnica para as Reformas Climáticas Empresariais (CTRCA), o Sr. Soumaguel Maiga e teve como agenda:
- a validação dos termos de referência para a formação dos intervenientes sobre a gestão, segurança e boas práticas no sector dos transportes;
- o estado de implementação do plano de ação nacional
No que diz respeito ao estado de implementação do Plano de Ação Nacional, duas das seis atividades programadas foram concluídas e três estão em curso. Entre elas, o eixo relativo ao mecanismo de registo e processamento de reclamações no corredor Dakar-Bamako, a atividade planeada está a ser preparada atualmente. Após esta breve apresentação, foram feitas sugestões e comentários sobre os seguintes pontos
- criar um sistema de monitorização para melhorar o acompanhamento das tarefas com as estruturas responsáveis pelas atividades;
- continuar com as atividades de comunicação sobre o compêndio de textos recentemente desenvolvido e o guia do condutor, adotado pelo comité;
- aumentar o ritmo de implementação das atividades;
- agilizar o mecanismo de monitorização e o processamento de reclamações dos utilizadores do corredor Dakar-Bamako
Apesar das dificuldades institucionais e da crise sanitária que o país viveu, o presidente reafirmou a vontade da sua estrutura e da comissão de trabalhar para o cumprimento dos objetivos atribuídos para a melhoria significativa da competitividade do corredor Dakar-Bamako. Durante a reunião, os representantes do sindicato dos condutores rodoviários e do Conselho Maliano dos Transportadores Rodoviários (CMTR) discutiram também a situação do incidente entre os transportadores senegaleses e malianos que levou à interrupção do tráfego rodoviário interestadual entre Dakar e Bamako a 15 de Agosto de 2021 em Kaolack. Estes últimos garantiram que o tráfego será retomado em breve, após o envolvimento das mais altas autoridades de ambos os países
Inquérito SSCBT e Relatório de Avaliação do Género Workshops de Socialização em Curso em toda a Região
Em Abril e Maio de 2021, o Programa FCAO organizou uma série de workshops para partilhar os resultados do inquérito do comércio internacional de pequena escala (SSCBT) do programa com os principais intervenientes da região. A equipa do FCAO também aproveitou a oportunidade para apresentar o Relatório de Avaliação de Género do Programa, uma publicação recente que expõe o papel crítico do género no comércio. O Inquérito SSCBT e o Relatório de Avaliação de Género representam dois elementos de pesquisa, importantes e significativos, para o espaço comercial da África Ocidental.
Os workshops realizaram-se em seis mercados-chave da África Ocidental (Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Níger, Mali e Togo), havendo mais sessões planeadas nos próximos meses. Realizaram-se workshops de dois dias em vários países a par de videoconferências virtuais e remotas para incentivar uma participação mais vasta. Vários intervenientes - desde ministros do comércio, ministros do género a delegados da UE, da Comissão CEDEAO, da Comissão UEMOA e de várias associações de comerciantes – estiveram presentes nas sessões, dando contributos opinados e endossaram as actividades do Programa FCAO.
Durante as sessões, o Programa FCAO apresentou dados aprofundados específicos de cada país e um diagnóstico extensivo sobre SSCBT e género. Para além de mostrar resultados do inquérito SSCBT e da avaliação de género, os workshops deram a oportunidade às NFTCs de partilharem os resultados das suas auto-avaliações e de discutirem as actividades prioritárias para aumentar a eficiência da comissão. Acima de tudo, os workshops proporcionaram, não apenas um espaço de envolvimento das partes interessadas do FCAO, como também renovaram as parcerias e tonificaram os compromissos dos intervenientes para melhorar a facilitação inclusiva do comércio na África Ocidental.
Diversas Reuniões com a CEDEAO para Reforçar a Cooperação Comercial Regional
A Direcção da União Aduaneira e da Fiscalidade da CEDEAO,com o apoio do Projecto de Facilitação do Comércio da África Ocidental (PFEAO), organizou reuniões em Abril e Maio 2021 do grupo de trabalho sobre o projecto-piloto da desmaterialização do certificado de origem da CEDEAO. As reuniões contaram com a participação de peritos dos Estados membros assim como da OMA a fim de analisar a evolução dos trabalhos respeitantes às especificações funcionais e técnicas da arquitectura do certificado de origem electrónico (CO) na base de dados recolhidos junto dos Estados membros. Em seguida, os Estados membros elaboraram um esboço do plano de acção para um períodode 12 meses, com a formulação de recomendações.
Na reunião sobre o Sistema Automatizado de Trânsito das Mercadorias (SIGMAT), os Estados membros reportaram o estado da implementação do SIGMAT ao nível nacional, bilateral ou multilateral. Concluiu-se que o Benim, Burkina, Costa do Marfim, Níger, Mali, Senegal e Togo implementaram, em certa medida o SIGMAT, ao nível nacional ou bilateral. Quanto a determinados estados membros, designadamente o Gana e a Guiné, estão empenhados em executá-lo em Dezembro 2021. Em contrapartida, outros Estados, como a Gâmbia, Nigéria e Serra Leoa não deram qualquer informação quanto a uma data indicativa. Adicionalmente, os peritos prosseguiram o exame do projecto de Acto Adicional sobre o SIGMAT. Na terceira reunião regional, a Comissão apresentou as inovações introduzidas no mecanismo de garantia do trânsito comunitário da CEDEAO, designadamente a cobertura comunitária da garantia válida do posto de partida até ao de destino, a solvabilidade financeira do garante e sua responsabilidade conjunta, a introdução da garantia global realizada com o auxílio de meios numéricos electrónicos e de um sistema automatizado de gestão das garantias.
A Reunião do Grupo de Trabalho para o Manual de procedimentos de trânsito visava conduzir um trabalho preparatório que definiria as funcionalidades do SIGMAT. Para o efeito, os peritos organizaram-se em subgrupos temáticos, designadamente as formalidades no posto aduaneiro de partida, de passagem, durante o trânsito e no destino.
Estas reuniões puderam ilustrar que a experiência piloto de automatização do certificado de origem está muito avançada mas que o quadro jurídico ainda está por implementar no que toca a garantir e formalizar esta experiência piloto, regulamentando as questões associadas com a assinatura electrónica ou digital e a validade do certificado electrónico.
Parceiros da Comissão CEDEAO com outros Parceiros de Desenvolvimento para Aumentar a Capacidade das Mulheres e das PME
O Programa FCAO, através da Direcção do Comércio da Comissão CEDEAO, colaborou com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA),Centro de Comércio Internacional (CCI), Afrexim Bank, Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e a Comissão da União Africana para realizar uma série de formações em criação de capacidade. As formações tinham por objectivo aumentar a capacidade das mulheres e das pequenas e médias empresas (PME) para o comércio no âmbito do Acordo de Facilitação do Comércio (TFA) e do Acordo de Comércio Livre na África Continental (AfCFTA).
A série de formações – que começou utilizando o modelo formação do formador – realizou-se na Serra Leoa de 7 a 9 de Abril para empresas de mulheres de todos os estados membros (EM) da CEDEAO, de 12 a 14 de Abril no Gana para as PME nos EM anglófonos e de 20 a 22 de Abril na Costa do Marfim para PME dos EM francófonos e lusófonos. No total, 42 representantes de EM participaram no evento na Serra Leoa. Os delegados incluíam S.Exa. Finda Koroma, Vice-Presidente da Comissão CEDEAO; Dr. Edward Hinga Sandy, Ministro do Comércio e Indústria; Dr. Pa Lamin Beyai, Representante Residente da PNUD, que representou a Sra. Ahunna Eziakonwa, Secretária-Geral Adjunta e Directora do Gabinete Regional da PNUD para África; e Sr. Christopher Forster, Presidente da Câmara de Comércio da Serra Leoa (SLCC). No Gana, além dos 20 dignatários que participaram, outros delegados notáveis incluíram: a Representante Residente da PNUD para o Gana, Sra. Silke Hollander; o Chefe de Gabinete do Secretariado AfCFTA, Sr. Silver Ojakol; e o Sr. Kolawole Sofola, Assistente do Director Geral de Comércio da Comissão CEDEAO. Na Costa do Marfim, 20 dignitários participaram na reunião.
No geral, o programa de criação de capacidade pretendia destacar os elos entre os artigos TFA e as oportunidades para os comerciantes da CEDEAO no âmbito da AfCFTA. Adicionalmente, o programa estimulou o uso das ferramentas operacionais da AfCFTA, incluindo o Observatório Africano do Comércio e o Sistema de Notificação de Barreiras Não Tarifárias.
O Programa FCAO acolhe o Painel sobre o Comércio e o Género na UN Women CSW65
O Programa FCAO participou na 65ª Comissão da Mulher da ONU sobre a Condição da Mulher (CSW65), organizando um painel de discussão sobre as mulheres comerciantes transfronteiriças. Realizado no dia 18 de março, o evento deu aos membros do painel a oportunidade de explorar como dar prioridade às mulheres comerciantes durante as recuperações económica pós-COVID. Apesar dos papéis ativos desempenhados pelas mulheres como agentes económicos, as mulheres comerciantes na África Ocidental lutam para manter a igualdade de condições nas suas economias, e a pandemia da COVID-19 tem destacado e exacerbado muitos desses desafios.
O evento deu as boas-vindas a distintos oradores, incluindo o Dr. Bolanle Adetoun (Director, Centro de Desenvolvimento do Género da CEDEAO), Alejandro Alvarez da Campa (Gestor, IFC), Naa Densua Aryeetey (Gestor Sénior, Autoridade para os Transitários do Gana), Ewokolo Jeme (Perito em Género e Coordenador de Formação, GIZ/FCAO), e a Drª Barbara Ky (Directora, Departamento de Género da UEMOA), e foi moderado por Maiko Miyake (Gestora do Programa FCAO). Além de ser um objetivo admirável, a igualdade de género foi descrita pela maioria dos membros do painel como uma necessidade económica. Os membros do painel destacaram as principais estatísticas sobre as disparidades de género e apresentaram as melhores práticas para melhorar as condições do comércio para as mulheres. Os oradores também exploraram como integrar o género nas políticas, estratégias e programas comerciais, reconhecendo a importância de uma nova geração de intervenções comerciais, como o Programa FCAO, que dá realce ao género, às mulheres comerciantes como principais beneficiárias do projeto, e intervenções direcionadas para tornar o comércio transfronteiriço mais fácil, mais barato e mais rápido para as mulheres.
Os membros do painel aprofundaram os esforços das suas próprias instituições em matéria de integração da perspetiva de género para abordar a desigualdade de género no comércio e na facilitação do comércio, dando ao público grandes perceções e interessantes lições aprendidas.
Todos os oradores realçaram a necessidade de aumentar os meios de recolha de dados comerciais desagregados por género para melhor poder quantificar e identificar as disparidades relacionadas com o género. A Drª. Barbara Ky da UEMOA declarou: “quando as políticas comerciais são inclusivas, apoiam a igualdade que leva a um crescimento económico positivo e à redução da pobreza”. Além disso, os membros do painel observaram que - não surpreendentemente - as mulheres comerciantes estavam entre as mais atingidas pela pandemia, uma vez que o encerramento das fronteiras e as restrições à mobilidade impostas para conter a propagação da COVID-19 também resultaram num colapso dramático da procura de bens e reduziram as oportunidades de acesso aos clientes e mercados. Neste sentido, o painel reconheceu o importante papel que iniciativas como o Programa FCAO podem ter na condução da recuperação pós-COVID-19, tanto através do apoio a medidas de alívio, como também através de incentivos a soluções de comércio inovadoras.
Todos os membros do painel concluíram que a participação económica das mulheres continua a ser fundamental para uma recuperação resiliente e sustentável da pandemia, exigindo uma maior colaboração, mais consultas com mulheres comerciantes e maior especialização nas análises relacionadas com o género para colocar as mulheres em primeiro lugar de forma sustentável e eficaz.
O Programa de Facilitação do Comércio na África Ocidental (TFWA) lança novos vídeos
À medida que mais e mais atividades acontecem na sub-região, foram produzidos dois vídeos para expandir a consciencialização e aumentar a visibilidade do Programa TFWA junto das principais partes interessadas e do público em geral. O primeiro vídeo oferece uma visão geral de alto nível do programa e das suas componentes. O segundo vídeo destaca os resultados dos principais dados recolhidos no inquérito de 2019 do Programa TFWA aos comerciantes transfronteiriços em pequena escala (SSCBTs) ao longo dos corredores abrangidos pelo projeto. Clique abaixo para ver os vídeos e saber mais sobre o nosso trabalho.
Análise do impacto da COVID-19 no comércio transfronteiriço em pequena escala
Em setembro, o Programa TFWA organizou um inquérito de campo para avaliar o impacto da COVID-19 no comércio transfronteiriço em pequena escala (SSCBT). O inquérito concentrou-se na atividade comercial de SSCBT ao longo dos seis corredores prioritários do Programa TFWA e teve como objetivo:
- Compreender o impacto da COVID-19 nas operações de negócios e lucratividade do SSCBT
- Identificar a sensibilização do SSCBT para a COVID-19 e o seu acesso à assistência
- Compreender os principais fatores de decisão que afetariam a adoção pelo SSCBT de possíveis medidas de assistência do Programa TFWA para a COVID-19.
Dados quantitativos de inquéritos de campo, em que foram analisados 1391 comerciantes, para fornecer uma visão inicial sobre o impacto nos negócios, revelando que cerca de 50% dos comerciantes já não conseguiam pagar aos seus fornecedores - 41,5% dos quais devido à falta de fundos e 8,5% devido a interrupções nos canais de pagamento normais. Também demonstrou que, apesar dos SSCBTs serem geralmente elegíveis para transferências de dinheiro relacionadas com a COVID-19, na realidade não recebem essas transferências. Além disso, alguns SSCBT não sabiam que essa assistência estava disponível. Outra descoberta revelou que o maior desafio ao transporte que afeta os comerciantes desde o início da pandemia da COVID-19 tem sido o aumento do custo desse transporte, tendo sido as mulheres mais intensamente atingidas relativamente a todos os desafios citados, levando muitas a agruparem-se como um mecanismo chave para enfrentarem a situação.
Os dados qualitativos obtidos de 72 discussões em grupos de foco com comerciantes e transportadores serão analisados nos próximos meses. Com base na análise abrangente, o Programa TFWA projetará e conduzirá as intervenções necessárias para enfrentar os desafios específicos enfrentados pelos comerciantes transfronteiriços de pequena escala em países selecionados.
Os NTFCs passam por uma avaliação de necessidades de capacidade do género
Como parte dos esforços do Programa TFWA para integrar o género em todas as componentes do projeto, foi feita uma avaliação das necessidades para as capacidades relacionadas com o género para os Comités Nacionais de Facilitação do Comércio (NTFCs) em nove países da CEDEAO. Na verdade, apesar do papel crítico das mulheres no comércio, os NTFCs na região são em grande parte cegos em relação ao género nas suas operações. Com isso em mente, o Banco Mundial contratou a A2F Consulting para avaliar a capacidade relativa ao género dos NTFCs enquanto se esforça para integrar o género nos processos e políticas relacionados com o comércio, garantindo que a facilitação do comércio contribua para o crescimento inclusivo.
Foi feita uma avaliação da capacidade a vários níveis para entender as necessidades de capacidade para o género, tanto a nível individual como organizacional. Foram feitas entrevistas com informadores chave com seis a 10 principais interessados em cada país, incluindo a liderança do NTFC e outros membros relevantes. Além disso, foi feita uma rápida avaliação do nível de consciência sobre o género dos membros do NTFC em cada país, através de um inquérito digital entre três e 14 membros do NTFC por mercado (representando entre 26% a 65% do total dos membros).
Os resultados dos inquéritos revelaram que os membros do NTFC inquiridos têm baixos níveis de consciência do nexo entre o género e o comércio e carecem de know-how operacional para integrar o género. Em todos os países estudados, os inquiridos não tinham uma compreensão das questões relativas ao género, especialmente no que se refere ao comércio. Os NTFCs expressaram interesse em integrar o género nas suas operações diárias e atividades de formulação de políticas, no entanto, não sabem por onde começar. Além disso, os NTFCs estão numa fase inicial de desenvolvimento e normalmente não têm o nível de institucionalização, plataformas operacionais ou recursos para apoiar uma verdadeira integração do género. Assim, o desenvolvimento de capacidades deve ser enquadrado na orientação operacional necessária para construir a eficácia organizacional, que pode ser alcançada através do desenvolvimento de um kit de ferramentas operacionais sensíveis ao género para o NTFC.
Avaliar as OSCs/ONGs que influenciam as políticas de integração na África Ocidental
Apesar da crise da COVID 19, que provocou o encerramento de fronteiras e numerosas restrições em toda a região, muitas atividades planeadas no âmbito da Componente 3.3 do Programa TFWA - que se concentra no fortalecimento da capacidade da sociedade civil defender e influenciar a facilitação do comércio - foram concluídas. Foi feito um estudo das ONG/OSCs e associações ativas no comércio da África Ocidental ao longo dos seis corredores abrangidos pelo projeto. O mapeamento visou identificar as ONGs/OSCs que trabalham no espaço comercial e relacionado com o comércio, caraterizando os seus perfis institucionais, os seus campos de atividade, as suas localizações geográficas, os seus modos de organização e de governação, e os seus pontos fortes e fracos.
A presença da ENDA-CACID (CENTRO AFRICANO PARA O COMÉRCIO, A INTEGRAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO) em cada um dos nove países em que foi feito o inquérito - utilizando os pontos focais e organizações parceiras para minimizar o impacto da pandemia - produziu resultados muito satisfatórios. No total, o mapeamento abrangeu 576 organizações, incluindo 402 associações e ONGs individuais e 176 organizações "guarda-chuva". Além de mostrar a diversidade do setor, o estudo destacou a forte presença das mulheres nas estruturas de tomada de decisão das Organizações da Sociedade Civil (OSC) na região. De facto, 35% dos membros dos órgãos de decisão (membros das direções executivas ou dos conselhos de administração) são mulheres. Além disso, 40% das organizações mapeadas eram chefiadas por mulheres. Apesar de uma parte significativa das organizações não desenvolver diretamente atividades regionais e internacionais, 60% estavam ligadas a redes ou federações que trabalham a nível regional e/ou internacional. Isto dá às organizações uma oportunidade de trazer as preocupações novamente para o nível regional, nacional ou internacional e, ao mesmo tempo, receberem informações da comunidade em geral. Esta conectividade também oferece o potencial para participar em campanhas de advocacia e influenciar as políticas nacionais e regionais.
A sociedade civil traz um valor acrescentado significativo ao Programa de TFWA. As ONGs/OSCs da África Ocidental têm experiência na monitorização das políticas regionais da CEDEAO relacionadas com o comércio e a livre circulação de pessoas e mercadorias. Essas organizações também têm experiência na implementação de políticas agrícolas e, mais recentemente, na Área do Livre Comércio do Continente Africano (AfCFTA). Durante muito tempo, as políticas regionais foram concebidas, desenvolvidas e conduzidas exclusivamente por estruturas oficiais nacionais e regionais, sem a participação de intervenientes externos. Hoje, esta abordagem está a mudar. Muitas partes interessadas reconhecem que a participação das ONGs/OSCs é uma condição essencial para a sustentabilidade, propriedade e sucesso. Para maximizar essa relação, o Programa TFWA continuará a trabalhar com a sociedade civil. Como próximo passo, o mapeamento será estendido para incluir uma avaliação das necessidades de formação das ONGs/OSCs, assim como workshops focados na promoção da facilitação do comércio.
Salvaguardar as medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS) para a segurança alimentar e maior competitividade
Antecedentes
As alterações climáticas e a insegurança alimentar são duas grandes ameaças globais. Apesar de desafiadoras, estas ameaças têm na realidade criado oportunidades para países sem litoral como o Burkina Faso. Nos anos 1980, depois de observar vizinhos que têm uma linha de costa como o Gana e a Costa do Marfim a produzirem bananas sem irrigação, o Burkina Faso adotou uma série de novas técnicas de irrigação para ganhar competitividade e fazer crescer o seu mercado local. Nesta corrida às plantações de bananas, algumas cooperativas operaram de forma negligente, ignorando as medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS), tais como a fase de quarentena necessária para a importação de legumes e produtos hortícolas entre a Costa do Marfim e o Burkina Faso. Ignorar as medidas SPS levou à importação de uma doença da banana chamada "Sigatoka Negra", que acabou por levar a uma quebra de 50% na produção e problemas duradouros para a indústria da banana.
Apoio ao programa TFWA para os requisitos das medidas SPS do Burkina Faso
A Organização Mundial do Comércio regula as avaliações e controlo das medidas SPS tanto a nível nacional como internacional. Respeitar os requisitos das medidas SPS antes de introduzir produtos agrícolas ou animais continua a ser um elemento crítico para garantir uma importação e exportação seguras de mercadorias para ou de qualquer país. Num esforço para melhorar a sua avaliação das medidas SPS, o Ministério da Agricultura do Burkina Faso solicitou a colaboração do Programa TFWA para melhorar o cumprimento das medidas SPS através de diferentes corredores comerciais. Isto permitiria que o país limitasse a propagação de pragas e doenças e, ao mesmo tempo, garantiria a segurança dos alimentos, produtos agrícolas e animais.
Seguindo o pedido do Ministério da Agricultura, o Programa TFWA fez uma análise das lacunas e construiu um plano de trabalho com atividades centrais focadas na consciencialização para o papel crítico e a utilidade das medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS). Entre outras atividades, o programa manterá um contato estreito com diversas partes interessadas na fronteira para aumentar a sua compreensão sobre as medidas SPS e os seus benefícios. O Programa TFWA também fortalecerá a capacidade dos operadores de proteção das fábricas, organizando consultas nacionais sobre os procedimentos aceites para avaliação de risco sanitários e fitossanitários.
Digitalizar para aumentar a eficiência das medidas SPS
Na maioria dos países do Programa TFWA, a elaboração, emissão e transmissão de certificados fitossanitários para exportação ainda é um processo manual, em papel. Isso dificulta o fluxo de produtos agrícolas e animais. Os certificados fitossanitários eletrónicos (E-Phyto) para as exportações podem ser utilizados mais rapidamente, assim que forem aceites pela Organização Nacional de Proteção Fitossanitária (ONPF) do país importador. Esta mudança para certificados eletrónicos com a solução E-Phyto da Convenção Fitossanitária Internacional (CFI) reduziria significativamente os tempos para o despacho alfandegário, custos associados e o risco de falsificação. Também forneceria dados fitossanitários mais acessíveis para a gestão dos riscos e para as agências de controlo, mesmo antes da chegada das mercadorias, incluindo transporte de carga aérea.
Promover a digitalização e melhorar a consciencialização em torno da finalidade das medidas SPS - demonstrar como os controlos sanitários e fitossanitários (SPS) proporcionam mais benefícios do que restrições - em última análise, tem o potencial de melhorar a facilitação do comércio e a segurança alimentar, o que é necessário em países dependentes de corredores como o Burkina Faso.
O workshop forma os Comités de Aprovações Nacionais no site e portal do ETLS
O Programa TFWA apoiou a Direção da União Aduaneira e de Fiscalidade (DCUT) da Comissão da CEDEAO para organizar um workshop de formação virtual para membros dos Comités Nacionais de Aprovação (NACs) dos Estados Membros da CEDEAO. O workshop, organizado em outubro, teve como foco a utilização do site e do portal do Esquema de Liberalização do Comércio da CEDEAO (ETLS). No total, 162 membros do NAC - desde os representantes do Ministério do Comércio, Ministério da Indústria, Ministério da Integração Regional, Ministério das Finanças - Direção das Alfândega e Câmara de Comércio e Órgão Nacional de Promoção de Exportações - frequentaram o workshop.
A formação, que foi solicitada pela Comissão da CEDEAO e foi bem recebida pelos membros do NAC, teve como objetivo sensibilizar e voltar a apresentar os membros do NAC ao mecanismo operacional do Esquema de ETLS enquanto também abordava taticamente os desafios e dificuldades frequentemente identificados encontrados pelo NAC na aprovação de empresas e produtos. A formação deve permitir que os pontos focais do NAC operacionalizem o ETLS e reduzam significativamente os atrasos na aprovação de empresas e produtos. Como resultado, o Programa TFWA espera também ver um aumento significativo no número de inscrições de pedidos de aprovação para o plano desses países membros da CEDEAO. Com este workshop, o Programa TFWA reafirmou o seu objetivo de melhorar a capacidade dos membros do NAC para a implementação efetiva do Esquema ETLS e aumentar as oportunidades de negócios emergentes do site e portal do ETLS.
Trabalhando juntos para implementar uma ferramenta regional importante para a assistência mútua e cooperação aduaneira - o lançamento da Lei Suplementar da CEDEAO sobre a Assistência Mútua e Cooperação Aduaneira (MACC) piloto
A Comissão da CEDEAO apelou à equipa do Programa TFWA para apoiar os seus esforços para desenvolver uma Lei Complementar consensual (adotado em dezembro de 2018) para orientar e permitir o fluxo fluido de informações e atividades de cooperação relacionadas entre as administrações aduaneiras e a Comissão da CEDEAO através de um Acordo de Assistência Mútua e Cooperação Aduaneira (MACC). Quando a CEDEAO precisou de ver uma implementação mais ativa do MACC, solicitou que os co-implementadores do Programa TFWA desenvolvessem um plano para testar a operacionalização deste instrumento de cooperação e aplicação das medidas aduaneiras. Num período muito curto, foi implementada uma modalidade para fazer passar o instrumento regional desde a cerimónia de assinatura até à realidade operacional pelos Estados Membros da CEDEAO. O Grupo de Trabalho da CEDEAO para o MACC trabalhou diligentemente durante o verão para conceber uma estratégia abrangente e um plano de trabalho para testar o MACC da CEDEAO.
Em 22 de outubro de 2020, os diretores gerais das alfandegas ou os seus substitutos nos quatro países-piloto selecionados - Níger, Nigéria, Costa do Marfim e Burkina Faso - deram apoio unânime à iniciativa da CEDEAO e expressaram o seu apreço ao Programa TFWA. Foi distribuído um memorando da reunião e os pontos focais serão identificados na administração de cada país para trabalharem com o comité técnico do MACC para entregar o plano de ação acordado. Este é um grande começo e será um excelente fórum para expandir o assunto para uma gestão de risco mais ampla e questões de conformidade no futuro. Por agora, a excelente colaboração entre os co-implementadores do Programa TFWA e a CEDEAO terá de ser expandida para os quatro países-piloto para garantir o sucesso da iniciativa.
Melhorar a partilha de informações transfronteiriças, incluindo as ferramentas tecnológicas, não é apenas parte da visão da CEDEAO para uma região mais integrada, mas é também consistente com as recomendações do Acordo de Facilitação do Comércio da Organização Mundial do Comércio e do Acordo de Livre Comércio Continental Africano. Assim que a Lei Complementar for testada ao longo desses corredores distintos, irá facilitar os aspetos práticos operacionais para os outros Estados Membros da CEDEAO.
O workshop virtual tem como foco a formação do setor privado no ETLS
O Programa TFWA apoiou a Direção da União Aduaneira e Fiscalidade (DCUT) da Comissão da CEDEAO na organização de um workshop virtual para o setor privado dos Estados Membros da CEDEAO de língua francesa e inglesa com foco na utilização do site da Liberalização do Comércio da CEDEAO (ETLS). Os workshops decorreram em outubro e novembro, reunindo um total de 247 participantes, incluindo representantes do setor privado e da comunicação social. Estes workshops visavam informar e familiarizar as principais partes interessadas dos Estados Membros da CEDEAO com o site do ETLS, uma ferramenta regional importante que visa promover a livre circulação de mercadorias na África Ocidental.
Como resultado dos workshops, espera-se que o ETLS tenha uma maior aceitação dentro da comunidade empresarial e dos mídia, que o programa espera que aumentem as oportunidades de negócios emergentes de produtos aprovados pelo ETLS. O Programa TFWA continuará a organizar formações e sessões de informação em parceria com as Direções da Comissão da CEDEAO para aumentar a capacidade dos seus membros e otimizar a facilitação do comércio regional.
O Inquérito ao Comércio Transfronteiriço em Pequena Escala Explora as Barreiras de Género na África Ocidental
Para expandir a base de evidências necessárias para projectar as actividades bem informadas do programa, o Programa TFWA encomendou uma pesquisa de campo sobre os pequenos comerciantes transfronteiriços (SSCBTs), incluindo comerciantes do sexo feminino, ao longo dos seis corredores prioritários do programa.
A pesquisa - que exigiu entrevistas com comerciantes, funcionários e intermediários fronteiriços - gerou uma grande base de evidências quantitativas desagregadas por género sobre os padrões, dinâmicas e ramificações do género relacionadas com a SSCBT. As entrevistas com os informadores-chave e discussões em grupos de discussão com associações de comerciantes, autoridades locais e instituições financeiras forneceram informações qualitativas valiosas sobre o tema. O inquérito também forneceu uma avaliação da infra-estrutura existente na fronteira e no mercado, e dados sobre como os seus utilizadores a percebem.
Na África Ocidental, o papel das mulheres comerciantes em pequena escala é frequentemente subestimado - as políticas e intervenções comerciais raramente incluem medidas que abordem os desafios que as mulheres enfrentam. O Programa TFWA tenta preencher esta lacuna, começando por gerar evidências fiáveis. A existência de dados pobres e neutros em termos de género sobre os SBCCC impedem um diagnóstico adequado sobre as melhores formas de promover a facilitação inclusiva do comércio regional.
O inquérito levou a esclarecimentos sobre o espaço, complementando e corroborando as suposições e hipóteses anteriores sobre os SBCCC e o género na África Ocidental. O Programa TFWA resumiu os resultados do inquérito num documento com uma página, que dá uma visão detalhada dos resultados do inquérito aos SSCBT.